Texto baseado no relato de acontecimentos, mas contextualizado a partir do conhecimento do jornalista sobre o tema; pode incluir interpretações do jornalista sobre os fatos.
Mesmo em home office e sem dirigir, consumidor sonha com carro zero-km
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Uma camada específica de consumidores brasileiros está moldando suas preferências em meio à nova realidade trazida pela pandemia. Enquanto grande parte da população tem passado apertado pela falta de trabalho ou pela diminuição da renda, aqueles que conseguiram manter o emprego e o salário fazem planos para comprar um carro. E um carro zero-km.
Isso tem a ver com a mudança da rotina dos trabalhadores das classes A e B, que passam quase todos os dias da semana no expediente home office. São eventuais e cada vez mais raras saídas para compromissos profissionais, e o veículo próprio é a opção para 82% desse extrato importante do mercado consumidor.
Trata-se do cliente com mais de R$ 70 mil para investir em um veículo e que, também, utiliza outras opções para fazer seus deslocamentos. Táxi e aplicativo são escolhas óbvias. Em terceiro aparece as próprias pernas, ou deslocamentos a pé, com 27%, superando o uso do ônibus como transporte diário, com 26% das pessoas mantendo esse hábito mesmo não necessitando.
Esses dados foram colhidos agora, de 27 de março a 7 de abril, pela consultoria Route Automotive, que compartilhou suas primeiras conclusões com AutoData.
73% trocariam ou comprariam um carro novo hoje enquanto apenas 16% responderam que pretendem continuar com o próprio veículo nos próximos três anos.
Mesmo que, neste momento, aquele consumidor que ainda está construindo uma carreira profissional tenda a ser mais conservador na decisão de comprar um carro, quem já tem um seminovo na garagem faz a lista de suas preferências.
Por exemplo: 80% não abrem mão do ar-condicionado e 56% valorizam modelos com sensor de ré. Dentre os itens que pagaria a mais para ter no seu novo carro estão o sistema anticolisão em primeiro lugar, seguido por air-bags laterais e central multimídia.
Essa fotografia capturou alguns comportamentos e desejos do consumidor e sugere que quem ficou trabalhando em casa tem economizado e feito muitos planos. Um deles é desfrutar o seu novo veículo para o lazer. 50% esperam fazer mais isso. Em breve.
Expediente
Esses profissionais das classes AB1, segundo o estudo, estão, em média, 4,7 dias da semana trabalhando em casa.
66% dos 575 entrevistados pela Route Automotive estão mantendo a rotina profissional quase que exclusivamente em casa.
Novo normal
48% dos entrevistados acreditam que continuarão trabalhando em esquema home office depois que todos nós estivermos vacinados.
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