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Haval H6: GWM celebra vendas e confirma que SUV será produzido no Brasil

Esta semana realizamos em AutoData o tradicional Seminário Revisão das Perspectivas 2023. Foram três dias com muitas novidades e algumas surpresas em palestras com executivos líderes da indústria automotiva nacional. Por exemplo: há otimismo tanto dos fabricantes de automóveis quanto de veículos comerciais que as vendas possam crescer um pouco mais a partir do segundo semestre.

As medidas do governo para atrair o consumidor interessado em um automóvel zero quilômetro trouxeram um novo ânimo. As visitas às lojas demonstraram que há consumidor, mas falta preço. Resultado: a tendência é que os descontos oferecidos pelas montadoras continuarão mesmo após acabar o dinheiro reservado pelo governo federal. Além dessa confiram outras notícias interessantes que surgiram durante este importante evento.

Haval H6, o terceiro GWM nacional

Esta é uma novidade e tanto: após desempenho considerado de sucesso pela matriz nos primeiros meses de vendas, com cerca de 1 mil emplacamentos, a GWM confirmou que o SUV Haval H6 será um dos modelos produzidos em sua fábrica de Iracemápolis (SP). Deverá ser o terceiro modelo, após a picape híbrida flex Poer e o SUV derivado desta picape.

Quem contou tudo isto foi Oswaldo Ramos, COO da GWM no Brasil: "Foi bom testar o mercado com esse modelo importado, começando a nossa operação no Brasil, porque nos mostrou que o Haval H6 tem demanda para ser nacionalizado. Ainda mais porque já teremos outros dois veículos nacionais e a oportunidade de compartilhar os componentes. Com a escala existindo as contas fecham e já estamos concluindo os trabalhos para produzir o Haval H6 em Iracemápolis".

Ramos afirmou que a empresa está desenvolvendo, junto com a Bosch, parte do sistema flex que será integrado ao powertrain híbrido, antecipando um dos seus fornecedores nacionais. O COO disse não ter pressa com o desenvolvimento da motorização híbrida flex porque a GWM não quer ser a primeira, mas pretende entregar uma das melhores soluções para o consumidor, à medida que outras marcas também terão produtos no mesmo segmento.

Juros e inflação em queda

A tão esperada redução na taxa básica de juros, a Selic, pode vir a partir do mês que vem, na próxima reunião do Copom. O Itaú crê em corte de 0,25 ponto porcentual, de 13,75% para 13,5% ao ano, redução mais tímida do que a aposta do mercado, de recuo de 0,5 ponto porcentual, para 13,25%.

Apesar da expectativa de corte mais "parcimonioso", como definiu o superintendente de pesquisa econômica do Banco Itaú, Fernando Machado Gonçalves, em linha com o que sinalizou o Copom, o ano deverá encerrar com taxa de 12% ao ano, versus 11,6% do palpite do mercado.

Pela primeira vez em 2023 o Brasil registrou deflação: em junho, segundo divulgou o IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a inflação oficial fechou em 0,08% negativo. A última vez que o País registrou deflação foi em setembro do ano passado.
Foi o quarto mês com perda de força da inflação, segundo o IBGE. No ano o IPCA está em 2,87% e, nos últimos doze meses, em 3,16%, abaixo dos 3,94% dos doze meses imediatamente anteriores.

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O IBGE destacou que o automóvel foi o subitem que registrou o maior impacto individual do mês, com redução de 0,09 pp. Os preços dos automóveis 0 KM caíram 2,76% e os dos usados 0,93%, segundo o instituto.

Juros e inflação em queda

A tão esperada redução na taxa básica de juros, a Selic, pode vir a partir do mês que vem, na próxima reunião do Copom. O Itaú crê em corte de 0,25 ponto porcentual, de 13,75% para 13,5% ao ano, redução mais tímida do que a aposta do mercado, de recuo de 0,5 ponto porcentual, para 13,25%.

Apesar da expectativa de corte mais "parcimonioso", como definiu o superintendente de pesquisa econômica do Banco Itaú, Fernando Machado Gonçalves, em linha com o que sinalizou o Copom, o ano deverá encerrar com taxa de 12% ao ano, versus 11,6% do palpite do mercado.

Pela primeira vez em 2023 o Brasil registrou deflação: em junho, segundo divulgou o IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a inflação oficial fechou em 0,08% negativo. A última vez que o País registrou deflação foi em setembro do ano passado.
Foi o quarto mês com perda de força da inflação, segundo o IBGE. No ano o IPCA está em 2,87% e, nos últimos doze meses, em 3,16%, abaixo dos 3,94% dos doze meses imediatamente anteriores.

O IBGE destacou que o automóvel foi o subitem que registrou o maior impacto individual do mês, com redução de 0,09 pp. Os preços dos automóveis 0 KM caíram 2,76% e os dos usados 0,93%, segundo o instituto.

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Vendas de caminhões melhoram

As fabricantes de caminhões Iveco, Volvo e Scania apostam na retomada dos negócios a partir deste segundo semestre, após começo de ano afetado pela mudança da fase do Proconve para P8, que demandou a entrada das tecnologias Euro 6 e encareceu o preço dos veículos.

O diretor da Volvo lembrou do agronegócio, que terá produção de grãos 15% maior em 2023 e que deverá gerar maior movimentação de carga ao longo do segundo semestre, após manter sua produção estocada aguardando uma melhora no preço: "Com a safrinha chegando os produtores terão que escoar sua safra armazenada, independentemente do preço, e com isto o transporte deve ser intensificado, principalmente de veículos pesados".

Ônibus teve primeiro semestre muito bom

A Volkswagen Caminhões e Ônibus e a Mercedes-Benz, representadas pelos seus diretores Jorge Carrer e Walter Barbosa, debateram a situação do mercado de ônibus, que viveu momento diferente ao longo do primeiro semestre, com alta de 51% nas vendas, impulsionada pelos veículos Euro 5 em estoque, que representaram 81% do total comercializado até junho.

Carrer, da VW Caminhões e Ônibus, disse que será difícil que o segundo semestre seja do tamanho do primeiro, que também foi impulsionado por pedidos do programa Caminho da Escola. Se uma nova etapa do programa for aprovada, o reflexo virá só em 2024. Ainda assim ele acredita em um resultado positivo: "Chegaremos a volume muito próximo de 2022, com a possibilidade de ser um ano de crescimento".

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Walter Barbosa, da Mercedes-Benz, também aposta em um bom desempenho do setor de ônibus em 2023, mas lembrou de alguns desafios que a indústria enfrentará até dezembro, caso da taxa Selic em 13,75%, que ainda não foi reduzida: "Temos que vencer esta etapa dos juros porque isso inibe o desejo de renovação de frota, assim como a falta de crédito. O aumento nos custos produtivos também são um desafio".

Setor de duas rodas revisa projeções

Com desempenho positivo no primeiro semestre, impulsionado pela crescente aplicação das motos de baixa cilindrada como instrumento de trabalho, especialmente pelo delivery, a indústria brasileira de motocicletas revisou suas projeções para o ano: elevou em 10 mil unidades a expectativa de produção, para 1 milhão 560 mil unidades e alta de 10,4%, e em 21 mil unidades a do mercado doméstico, para 1 milhão 511 mil motocicletas, crescimento de 10,9%.

Seu presidente Marcos Bento disse que o resultado da indústria poderia ser ainda melhor caso as exportações, que estão em queda, tivessem melhor desempenho: "A questão das exportações é que produzimos em Manaus motocicletas com tecnologias de emissão Promot 5, em linha com Estados Unidos e Europa. Outros países da região, porém, não estão alinhados com esta regulamentação de emissões e comercializam modelos com níveis mais baixos, com preços também mais baixos. Então não conseguimos competir em igualdade."

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Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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