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Aneurisma: o que é o problema que Juliette acreditou ter?

Imagem: Reprodução/Instagram

Bruna Alves

Do VivaBem, em São Paulo

09/03/2022 14h56

No programa "Conversa com Bial" exibido na madrugada desta quarta (9), Juliette, a campeã do "BBB21", falou sobre um suposto aneurisma descoberto em agosto do ano passado.

Apesar de dizer que o problema simplesmente "sumiu", a cantora paraibana explicou que os médicos descobriram meses depois, em uma cirurgia, que não se tratava de um aneurisma, como foi afirmado a ela, inicialmente, mas, sim, de outra questão —que a ex-BBB não revelou qual é.

O que é um aneurisma?

O aneurisma é caracterizado por uma dilatação anormal de um vaso sanguíneo causada pelo enfraquecimento das paredes da veia ou da artéria, sendo mais comum o aneurisma arterial.

O problema é causado geralmente por algum trauma ou doença vascular, mas pode ter um componente genético importante. A dilatação é como uma "bexiga" que se forma na parede do vaso e, conforme vai aumentando a pressão interna, pode romper e causar um AVC hemorrágico.

O mais comum é que, antes de estourar, o aneurisma seja assintomático e só seja descoberto em exames de rotina ou por acaso. Já quando se rompe, o sinal mais comum é uma forte dor de cabeça, mas pode apresentar confusão mental e a perda de movimentos. Em casos mais graves é possível que a pessoa entre em coma.

Um aneurisma pode sumir?

Como a própria Juliette afirmou, o problema dela não sumiu. Na verdade, ela recebeu o diagnóstico errado de aneurisma e depois foi identificado que tinha outro quadro.

Feres Chaddad, professor, chefe da disciplina de neurocirurgia da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e chefe da neurocirurgia da BP (A Beneficência Portuguesa de São Paulo), afirma que, se a pessoa realmente tem um aneurisma, o problema não desaparece.

"Quando alguém tem um aneurisma, ele pode ser trombosado (formar um coágulo), por exemplo. Nesse caso a dilatação não some, mas o fluxo sanguíneo do vaso é interrompido, o aneurisma não vai romper e causar um AVC (que pode levar à morte), diz Chaddad.

No caso de Juliette, o neurologista levanta duas hipóteses cientificamente possíveis: a primeira é de que o aneurisma tenha sido confundido com dobras de artéria ou uma variação anatômica. Já a segunda diz respeito ao infundíbulo, algo que era muito confundido com aneurisma no passado, embora seja apenas uma dilatação da própria artéria em sua base.

Como é feito o diagnóstico de um aneurisma?

Há três tipos de exame para identificar um aneurisma cerebral: angioressonancia, angiotomografia e a angiografia cerebral digital, este último considerado padrão-ouro.

"Qualquer confusão em exames anteriores pode ser descartada com uma angiografia cerebral digital, que provavelmente é o último exame que a Juliette fez", diz Chaddad, explicando que a hipótese considerada com os exames iniciais, e que não foi confirmada neste último exame mais específico, é que pode ter causado toda a confusão.

Para ele, é muito raro uma pessoa jovem, como a Juliette, desenvolver um aneurisma, mesmo que a irmã tenha morrido aos 17 anos com o problema e a mãe sofra com condições relacionadas.

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