Pesquisadores de Oxford criam terapia genética que pode reverter cegueira
A deficiência visual acomete milhares de pessoas no mundo. De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), cerca de 285 milhões têm algum problema de visão e 39 milhões são cegas. Felizmente, 80% dos casos de deficiência visual podem ser prevenidos ou curados, exceto quando há perda total de visão.
Mas e se até nesses casos fosse possível restaurar a visão que antes era considerada intratável? Seria a cura para a cegueira? Um estudo publicado no periódico “Proceedings of the National Academy of Sciences” mostrou que cientistas podem estar próximos disso.
Realizado nos laboratórios da Universidade de Oxford, no Reino Unido, o experimento usou terapia genética para reprogramar as células do olho e fazer com que elas voltem a ser sensíveis à luz --a maioria dos casos de cegueira incurável ocorre devido à perda de milhões de células fotorreceptoras que revestem a retina.
O procedimento introduz um vetor viral nas células da retina e implanta uma proteína sensível à luz, permitindo que essas células da retina enviem sinais visuais ao cérebro.
Os cientistas fizeram o teste em ratos, que foram monitorados ao longo de um ano. Os resultados mostraram que os animais mantiveram sua visão durante esse período, sendo capazes de reconhecer objetos em seu ambiente, o que indica um alto nível de percepção visual.
A equipe também vem testando uma retina eletrônica em pacientes cegos, mas nesse caso a genética pode ser mais vantajosa, já que é mais fácil de ser administrada.
“Há muitos pacientes cegos em nossas clínicas e a habilidade de dar a eles algum sinal, com um procedimento genético relativamente simples é muito excitante. Nosso próximo passo é iniciar testes em humanos”, disse Samantha de Silva, autora do estudo.
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