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"Fui parar em uma reunião da Hinodê": elas contam seus piores encontros

Imagem: iStock

Ana Bardella

De Universa

03/02/2020 04h00

Ser solteira não é fácil: às vezes um simples primeiro encontro pode se transformar em uma situação daquelas bem constrangedoras. O importante, garantem as mulheres, é levar as situações com bom humor — e torcer para que os próximos sejam bem melhores. A seguir, quatro delas contam suas histórias mais engraçadas ao sair com alguém:

"Minha amiga fingiu que estava passando mal"

"Conheci um rapaz pelo Tinder e gostei do perfil dele: estava próximo dos 30 anos, tinha fotos variadas, parecia bonito. Passamos algum tempo conversando nas redes sociais. Era simpático: falava sobre trabalho, filmes e coisas do dia a dia. O tempo foi passando e descobri que morava próximo à casa de uma amiga. Um dia, fui incentivada por ela a marcar um café da manhã para conhecê-lo. Como estava insegura, ela disse que ficaria na padaria escondida. Se algo desse errado, era só ligar ou mandar uma mensagem.

Chegamos no lugar e nos separamos. Pouco tempo depois, ele chegou. Só de bater o olho, percebi que não era a mesma pessoa das fotos: não sei se ele costumava usar filtros ou se só publicava fotos antigas, mas parecia ser mais velho do que na internet. Tentei relevar minha decepção e nos sentamos para conversar. Foi então que a coisa ficou assustadora: trocamos algumas palavras e, sem nenhuma intimidade, ele começou a falar sobre sexo, dizendo que gostava de BDSM. Fiquei muito incomodada e comecei a dizer que minha amiga estava doente e tinha ido até lá para cuidar dela.

Como ele não deu sinais de que iria embora, fiquei nervosa. Quando olhei para o lado, vi que minha amiga estava pedindo pãezinhos no balcão. Então disse bem alto: 'Você está aqui! Você está muito doente, deveria estar em casa!'. Mas ela se assustou comigo e, sem saber o que fazer, se agachou! Como muita gente escutou o que eu disse, quem estava por perto pensou que ela realmente estava passando mal e se aproximou para ajudar.

Também me aproximei e 'ajudei' a colocá-la sentada. Meu acompanhante tentou se apresentar para ela, mas a essa altura nós duas só pensávamos em ir embora. No fim, ele entendeu a mensagem e acabou saindo também. Nunca mais nos falamos. Até hoje rimos de vergonha quando nos lembramos desse dia"

Danielle C., scrum master, 29 anos

"Achei que seria pedida em namoro, acabei em uma reunião da Hinodê"

"Quando tinha 16 anos conheci um rapaz na escola. Nesta época, demos alguns beijos, mas só. Depois, fomos para a faculdade e perdemos contato. Um dia descobri que morávamos na mesma região e voltamos a conversar. Como pegávamos o mesmo ônibus para voltar das aulas, combinávamos de nos encontrar com frequência. Andávamos de mãos dadas, ele me levava comida algumas vezes, mas nunca me beijava ou me convidava para sair. Isso foi me deixando apreensiva. Depois de um tempo, deixei a história para lá: eu sou tímida, ele não tinha atitude. Não via como poderíamos mudar a situação.

Um dia, ele me mandou mensagem perguntando onde eu estava. Depois, disse que iria me passar um endereço e que eu precisava ir até lá, que era urgente e que só estava me chamando porque confiava em mim. No caminho, comecei a imaginar para onde estava indo e achei que iria ser pedida em namoro. Quando cheguei, ele estava me esperando na porta e me puxou para dentro do lugar, que era uma garagem com umas 15 pessoas reunidas. Disse que só me chamou porque eu era importante na vida dele. Me abraçou, pegou na minha mão e me levou até uma cadeira. Havia um projetor com data show mostrando informações sobre viagens, com promessas de ganhar muito dinheiro.

Só entendi o que estava acontecendo quando o palestrante parou a apresentação e disse o nome da marca: Hinodê. Fiquei tão atordoada que ainda comprei um creme de mão antes de ir embora. Depois disso, nunca mais nos falamos".

Dara Alves, estudante, 20 anos

"Cheguei no bar e dei de cara com a mãe dele"

"Há cinco anos, saí com um cara do Tinder. Já estávamos conversando há algum tempo, senti que tínhamos uma afinidade boa nos assuntos, então achei que era o momento certo de nos conhecermos. Em uma das mensagens ele me contou que era bastante apegado à mãe e me lembro de ter achado isso fofo.

Combinamos de nos encontrar em uma rua cheia de barzinhos da nossa cidade para comer comida mexicana. Fui toda arrumada. Mas, quando cheguei à porta, percebi que ele estava acompanhado de uma mulher. Fingi naturalidade e fui cumprimentá-la. Então, ele me explicou: 'Essa é a minha mãe'.

Enquanto estávamos entrando no local, ele me chamou de canto e disse que ela tinha medo de ficar sozinha em casa naquele horário (era por volta das nove da noite) e por isso a chamou. Quando sentamos, ela falou praticamente o jantar inteiro e não nos deixou conversar. Disse que nunca tinha ido naquele lugar e estava feliz por poder conhecê-lo.

Depois, ele me mandou uma mensagem pedindo desculpas e perguntou se poderíamos nos ver novamente, mas acabei dando um perdido e não voltamos a conversar".

Laís Barbosa de Souza, analista de sistemas, 25 anos

"Me deixou sozinha durante um assalto"

"Estava saindo com um rapaz há algum tempo: ele já tinha se mostrado egoísta algumas vezes, mas na época eu preferi relevar. Faço parte de um grupo de teatro e fomos nos apresentar em uma casa de cultura em um bairro da periferia. Então o convidei para assistir à peça. Na hora de ir embora, na frente da igreja onde pegaríamos o ponto de ônibus, estava acontecendo um 'fluxo' na rua, que é uma reunião de pessoas, parecida com um baile funk.

Percebi que ele mudou, ficou desconfortável com o ambiente. Olhava para os lados toda hora, em um determinado momento disse que estávamos sendo seguidos. Então começou a encarar alguns meninos que estavam próximos de nós. Percebendo que ele estava totalmente deslocado, eles vieram até nós e anunciaram um assalto. Então, ele simplesmente atravessou a rua e me largou para trás! Eu tentei correr, mas puxaram minha bolsa. No calor do momento, acabei reagindo e acabei sendo agredida. Algumas pessoas que estavam perto chegaram para ajudar e os assaltantes correram para longe.

O menino que estava comigo só foi aparecer mais de dez minutos depois, quando uma viatura de polícia chegou. Ele me acompanhou até o ponto de ônibus e pediu desculpas, mas preferi não vê-lo mais"

Aileen Silva Monteiro, revisora, 25 anos

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