Cérebro dá "jeitinho" para nos livrar de culpa após erros, aponta estudo
Pessoas que cometem erros -- e enfrentam consequências negativas -- têm a tendência de tirar a culpa de si, acreditando que não foram suas ações apenas que provocaram o resultado catastrófico.
Isso é o que mostra um estudo conduzido por pesquisadores da University College of London e destacado na mais recente edição do periódico científico Current Biology.
A comprovação de que o cérebro sempre busca um "jeitinho" para livrar o autor da culpa por seus erros foi feita a partir de um experimento com 34 participantes, convidados a apertar botões que geravam três tipos de ruídos: positivos (sons de descontração e risos), negativos (de medo, repulsa ou raiva) e neutros.
Após apertarem os botões, os participantes eram questionados a respeito do tempo que havia se passado entre o pressionar da tecla e a audição do som.
O fato de a maioria dos participantes terem dito que houve mais demora quando o acionar do botão resultou em um som negativo mostra, segundo os pesquisadores, que o cérebro tende a dar um senso de responsabilidade menor a nós quando as consequências de nossos atos não são as mais desejáveis.
Na mente dos participantes, as reações negativas apareceram "desconectadas" de suas ações, dando a eles uma menor sensação de responsabilidade por elas.
A descoberta, diz o estudo, ajuda a entender por que geralmente nos sentimos confortáveis em receber créditos por acertos e desconfortáveis ao reconhecer erros, além de mostrar que a culpa é sempre mais difícil de assimilar do que o sucesso.
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