Cientistas descobrem vínculo entre vírus e câncer de pele fatal
Pesquisadores do Instituto do Câncer da Universidade de Pittsburgh afirmam que embora não tenha sido determinado que o poliomavírus celular de Merkel seja a causa do câncer, sua descoberta, se for confirmada, ajudaria a produzir novas opções de tratamento e prevenção desse câncer.
Segundo Huichen Feng, um dos pesquisadores que participou do estudo, o carcinoma de Merkel afeta principalmente idosos e pessoas cujo sistema imunológico esteja comprometido pela Aids ou remédios de imunosupressão em casos de transplante.
Sua incidência triplicou nos últimos 20 anos, indica a pesquisa.
"Este é o primeiro poliomavírus estreitamente ligado a um tipo particular de câncer em seres humanos", disse Patrick Moore, professor de microbiologia e genética molecular da Escola de Medicina da Universidade de Pittsburgh.
"Embora os poliomavirus tenham sido estudados em relação com o desenvolvimento do câncer, as provas científicas se inclinavam para a idéia de que estes vírus não causam câncer nos seres humanos", acrescentou.
Moore, um dos participantes do estudo, afirmou que se seus resultados forem confirmados, será possível "observar a forma como este vírus contribui para um câncer com uma alta taxa de mortalidade e usá-los como modelos para entender como ocorrem outros tipos de câncer".
"A informação que obtivermos poderia levar-nos a um exame de sangue ou a uma vacina que melhore o controle da doença e ajude em sua prevenção", acrescentou.
Em 1993 o casal formado por Moore e sua esposa Iuane Chang descobriu o herpesvirus que gera o Sarcoma de Kaposi, um tipo de câncer que ocorre principalmente nos doentes de Aids e o tipo mais comum na África.