Cientistas decodificam o genoma do tomate
Uma equipe internacional de cientistas afirmou na última terça-feira (29) ter decodificado o genoma do tomate, abrindo o caminho para melhorar o sabor, as propriedades nutritivas e permitir que permaneça fresco por mais tempo.
O Consórcio do Genoma do Tomate, que reúne mais de 300 pesquisadores em 14 países, comparou o tomate doméstico atual com seu parente sul-americano, o 'Solanum pimpinellifolium'.
O tomate tem 35.000 genes, mas existe apenas uma variação de 0,6% entre a variedade selvagem e a encontrada atualmente no supermercado, destacou o estudo, publicado na revista Nature.
O fruto faz parte da família 'Solanaceae', que inclui outros cultivos altamente valiosos, como a batata, a pimenta e a berinjela, assim como temperos e ervas de uso medicinal.
Uma comparação demonstrou que o tomate é apenas 8% diferente da batata, geneticamente falando.
Pesquisadores agrícolas têm se dedicado à decodificação de importantes cultivos a fim de identificar os genes que afetam o sabor, a resistência a doenças ou a habilidade de crescer em diferentes solos e climas.
Isso abre caminho para a inclusão de genes úteis em novas cepas, tanto através de engenharia genética - que encontra resistência em alguns países - ou através de hibridização tradicional.
Os cultivos anteriores que tiveram seu DNA decodificado foram o milho, o trigo, o arroz, a soja, a maçã e o morango.
"O tomate é um dos cultivos mais comuns e explorados", afirmou Francisco Camara, do Centro de Regulação de Genoma da Espanha.
"Conhecer seu genoma em detalhes nos permite, por um lado, ter uma compreensão maior da evolução de plantas vasculares (nr: com raiz, caule e folhas) graças a populações controladas, como as cultivadas, e também fornece novas ferramentas para a agricultura do futuro", acrescentou.
Os membros do consórcio são originários de Argentina, Bélgica, Grã-Bretanha, China, França, Alemanha, Índia, Israel, Itália, Japão, Coreia do Sul, Holanda, Espanha e Estados Unidos.
Só nos Estados Unidos, as vendas de tomates beiram os US$ 2 bilhões ao ano.
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