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Bicicletas elétricas fazem você pedalar com menos força; veja como funciona

Guilherme Youssef/UOL
Imagem: Guilherme Youssef/UOL

Rodrigo Lara

Colaboração para Tilt

15/04/2021 04h00Atualizada em 16/12/2022 18h46

Tidas por muitos especialistas como uma excelente alternativa para a mobilidade urbana, as bicicletas elétricas ganham cada vez mais adeptos. Com ela, dá para transpor grandes distâncias sem precisar de um grande esforço. Mas você sabe como esses modelos funcionam? É basicamente um empurrãozinho da energia elétrica para reforçar nossas pedaladas.

No Brasil, as bicicletas em geral foram bastante procuradas no ano passado, mesmo com a pandemia de covid-19. Segundo dados da Aliança Bike, entidade que reúne lojistas e empresas voltadas a modalidades sustentáveis de transporte, as vendas tiveram um aumento de 93% em agosto de 2020, na comparação com o mesmo mês de 2019.

Essas bicicletas contam com motores elétricos de corrente contínua sem escovas, chamados de BLDC (Brushless DC), geralmente instalados no cubo —a peça que facilita a rolagem das rodas.

Esses motores usam ímãs e bobinas para transformar energia elétrica, fornecida pela bateria do sistema, em energia mecânica. O objetivo aqui é ajudar o ciclista a reforçar o torque, isto é, a força necessária que fazemos nos pedais para a bicicleta se mover. Graças a isso, a força que aplicamos se torna menor do que o necessário.

Geralmente esse auxílio pode ter sua intensidade ajustada e entra em vigor quando um sensor informa que os pedais da bicicleta foram acionados. A partir daí, uma unidade de controle faz o "meio de campo" e usa a energia da bateria para fazer com que o motor gire no mesmo sentido da roda, fazendo com que o torque total na roda seja a soma do produzido pelo motor e pelo ciclista. E, claro, economizando muitas gotas de suor.

É importante não confundir bicicletas elétricas com ciclomotores (as populares "mobiletes"). Por lei, uma bike elétrica não pode funcionar com propulsão motorizada nem oferecer controle de velocidade ao condutor.

Veja modelos de bicicletas elétricas

Confort Full - Duos

Preço: R$ 7.872,63

Miami - Atrio

Preço: R$ 6.838,90

Bicicleta dobrável Mars-LE - Heybike

Preço: R$ 16.999

Bicicleta dobrável Chicago - Atrio

Preço: R$ 6.173,90

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Os motores das bicicletas são duráveis?

Além de eficientes, esses motores BLDC têm uma vida útil elevada em comparação aos motores convencionais de corrente contínua (com escovas). Seu acionamento, porém, é mais complexo e exige um controlador eletrônico.

Como a bateria dessas bicicletas são recarregadas?

Aqui, depende do modelo. O mais comum é que elas sejam recarregadas na tomada, sendo que o tempo para preencher a bateria pode variar de acordo com o modelo.

Alguns modelos mais avançados, no entanto, usam componentes que permitem que a bateria receba carga à medida que o ciclista realiza ações como frear ou em descidas. Esses modelos, no entanto, são pouco comuns.

Essas bicicletas podem andar nos mesmos lugares que modelos comuns?

Sim. A Resolução 465 de 2013 do Contran regulamenta as bicicletas elétricas no país e coloca elas em pé de igualdade com os modelos comuns, incluindo a questão da circulação.

Elas não exigem habilitação específica ou registro, mas há limitações: a potência do motor não deve ultrapassar 350 Watts, não pode existir um acelerador e a velocidade máxima deve ser limitada a 25 km/h. No caso de modelos com potência acima desse teto, a legislação equipara aos ciclomotores.

Fontes:

Fabrizio Leonardi, professor do departamento de Engenharia Mecânica da FEI
Fábio Raia, professor de Engenharia Elétrica e Engenharia Mecânica da Universidade Presbiteriana Mackenzie