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Cobertura 4G chega a quase 5 mil municípios; confira onde estão as antenas

Imagem: Estúdio Rebimboca/UOL

Rodrigo Trindade

De Tilt, em São Paulo

05/09/2020 13h06

Sem tempo, irmão

  • Balanço do SindiTelebrasil indica que 4.997 municípios brasileiros têm acesso ao 4G
  • Somando cobertura do 3G e 4G, toda cidade do país tem acesso à banda larga móvel
  • Nova geração, 5G começou a ser implementado no país em julho deste ano

Dos 5.570 municípios do Brasil, 4.997 estão cobertos por redes 4G. A região atendida pelas antenas corresponde a uma área onde moram 97,5% da população brasileira, de acordo com o balanço de julho do SindiTelebrasil (Sindicado Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal), divulgado na última sexta-feira (4).

No período de agosto do ano passado até julho deste ano, 408 cidades receberam as redes da quarta geração de telefonia móvel — um crescimento de 8,9%. Neste intervalo de um ano, 15,2 milhões de novos chips 4G foram ativados. Atualmente, o país conta com cerca de 161,4 milhões de linhas 4G operantes.

O número de cidades com cobertura 4G aumentou expressivamente de 2016 a 2020, evoluindo de 560 para os 4.997 atuais. Até junho de 2016, 57,8% dos brasileiros tinham acesso à rede, contra os 97,5% de hoje.

Combinados os municípios com acesso às redes 3G e 4G, todas as cidades brasileiras estão conectadas à banda larga móvel. O alcance do 3G é um pouco maior, pois ele cobre 5.225 municípios brasileiros e 99,9% da população nacional.

Na opinião de Marcos Ferrari, presidente executivo do SindiTelebrasil, problemas regulatórios em municípios impedem que ainda mais brasileiros sejam atendidos pelos serviços de telecomunicação.

"Para a continuidade da expansão dos serviços no mesmo ritmo da demanda da população por novos serviços, são necessárias políticas públicas que priorizem a digitalização do Brasil e modernização das leis municipais de antenas. Hoje, em mais de 300 municípios, existem legislações desatualizadas, que dificultam e muitas vezes impedem a instalação de infraestrutura de telecom", declarou Ferrari.

É possível realizar, neste site, uma consulta para saber quantas antenas das grandes operadoras de telefonia brasileiras estão instaladas em cada município do país. A base de dados é mantida pela consultoria brasileira Teleco.

5G começa a sair do papel

Mesmo com o adiamento da licitação das frequências que serão utilizadas exclusivamente para a rede 5G brasileira, operadoras começaram a adaptar seus serviços para lançar a quinta geração por aqui.

A Claro deu o pontapé inicial do 5G DSS (Compartilhamento Dinâmico de Espectro, da sigla em inglês) no dia 14 de julho, em áreas restritas de São Paulo e Rio de Janeiro. Pouco depois, a Vivo inaugurou sua rede com a mesma tecnologia em regiões de oito capitais (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Salvador, Curitiba, Goiânia e Porto Alegre).

Já a TIM planejou o início do seu 5G DSS comercial para o começo de setembro, nas cidades de Bento Gonçalves (RS), Itajubá (MG) e Três Lagoas (MS). Entretanto, a operadora havia feito testes públicos em grandes eventos como Rock in Rio e CCXP.

O 5G DSS é de implementação mais simples do que será a adaptação para o 5G que chegará após o leilão, segundo Celso Birraque, diretor de redes e acessos móveis da Claro.

"A implementação do 5G DSS, com base no 4G, pra claro está sendo um processo bastante natural porque a gente já passou por um processo de modernização da rede que nos deixou bem preparados para este momento. A partir do momento que o fornecedor de terminal e o de rede, no caso a Ericsson e a Motorola neste primeiro momento, foi disponibilizado, a implementação foi uma coisa relativamente simples e rápida", afirma Birraque.

O 5G do pós-leilão demandará mais investimento por parte das operadoras. "Não é tão rápido como o DSS porque o 3.5 GHz vai demandar uma infraestrutura adicional. Diferente do DSS, não é só uma placa. Vai precisar colocar um rádio na torre, uma antena diferenciada", explica.

De acordo com o ministro das Comunicações Fábio Faria, o leilão das frequências exclusivas de 5G foi empurrado para 2021 por conta da pandemia novo coronavírus, que impediu que os testes de campo necessários fossem feitos neste ano.

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