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OPINIÃO

Assassin's Creed Valhalla: o que aprendemos após jogar três horas do game

Assassin"s Creed Valhalla apresenta temática viking - Divulgação/Ubisoft
Assassin's Creed Valhalla apresenta temática viking
Imagem: Divulgação/Ubisoft

Bruno Izidro

Do START, em São Paulo

12/07/2020 16h45Atualizada em 13/07/2020 11h09

A Ubisoft não vive um bom momento nos bastidores, lidando com polêmicas e relatos de assédio. Sobrou até para o diretor de Assassin's Creed Valhalla, Ashraf Ismail, que saiu do desenvolvimento do jogo na reta final. Pelo menos o game, em si, parece que está muito bem, obrigado.

O START jogou por cerca de três horas uma prévia do novo Assassin's Creed, via streaming no PC, o que funcionou incrivelmente bem. Eis o que aprendi com esse passeio como uma Viking do século IX.

É sempre bom lembrar que a versão testada não é a final do jogo, e ainda restam alguns meses até Assassin's Creed Valhalla chegar oficialmente, em 17 de novembro, então algumas coisas podem mudar até lá.

Assassin's Creed Valhalla: Novas imagens

Cada vez mais próximo de The Witcher 3

Valhalla parece culminar no que a série vem namorando desde quando abraçou de vez o RPG de ação lá em Assassin's Creed Origins: ser um The Witcher 3.

Em Origins e Odyssey, as ambientações mais diferentes pelas temáticas egípcia e grega, respectivamente, até disfarçavam bem, mas agora, com o cenário mais próximo do medieval dos reinos da Britânia do século IX, não tem mais jeito.

As pequenas vilas pelas estradas, cenários tomados pelas guerras e florestas lembram na hora o jogo do "bruxeiro". Ainda assim, o retorno da lâmina oculta faz lembrar que o jogo ainda é um Assassin's Creed, assim como o parkour e furtividade ao invadir uma base inimiga.

Coma frutas

A protagonista Eivor pode coletar frutas silvestres no cenário e ainda recuperar a vida no meio do combate. Tá vendo o coração com um número ali embaixo? É a quantidade de vezes em que é possível recuperar vida.

Para quem é mais atento: sim, é uma mecânica parecida com os estus flasks de Dark Souls.

Cavalo pode nadar (?)

Uma das primeiras surpresas ao jogar foi saber, sem querer, que cavalos vikings podem atravessar riachos e pequenos rios nadando.

Aparecem até as patas debaixo d'água como no nado do cachorro. Achei fofo, e uma melhoria bem-vinda para se locomover melhor pelos cenários.

Combate cheio de comandos...

O RPG trouxe uma complexidade maior ao combate de Assassin's Creed, com habilidades especiais para o protagonista. Já era assim no Odyssey e vai continuar em Valhalla.

As habilidades são diferentes para armas melee e para o arco e flecha. O problema são alguns malabarismos no controle até pegar o jeito e memorizar tudo, mas uma vez superado isso, as lutas ficam bem interessantes.

...e com estamina

A principal novidade nas lutas agora é uma barra azul, que identifica a estamina e que diminui a cada ataque ou desvio feito pelo jogador. Ou seja, chega de ficar desviando para sempre e esmagar os botões de ataque.

Se a barra esgotar, Eivor fica cansada e precisa recuperar o fôlego para voltar a atacar com força total.

Pois é, fica parecendo Dark Souls, assim como todos os jogos que possuem esse sistema também ficam, mas isso deixa o combate bem mais estratégico e desafiador de uma maneira boa.

Chefes opcionais

Nas três horas de teste, eu praticamente ignorei as missões de história e fui "bater perna" pelo mapa. Os passeios renderam encontros com chefes opcionais.

Enquanto Valhalla, como um todo, tenta ser o mais pé no chão possível, esses chefes puxam mais para o lado espiritual e místico dos Vikings.

Além de entregarem lutas bem estilo chefe de videogame, com padrão de ataque e até poderes, como raios e fogo, os momentos vão exigir um pouco mais do combate. As recompensas após derrotá-los também são ótimas.

Cuidado com os ursos

É sempre bom tomar cuidado enquanto estiver explorando para não dar de cara com animais selvagens, como ursos. Eles são perigosos.

Cuidado com os ursos de novo

Como falei, ursos são perigosos e andam em grupo. Não caia no erro de pensar que só tem um por perto.

Ouvir música ou contos

Ao navegar pelos rios com o seu barco viking é possível escolher duas opções para deixar a travessia menos monótona: ouvir música ou histórias contada por alguém da tripulação.

Para quem é fã mais antigo de Assassin's Creed, as músicas vão lembrar na hora os cânticos de Black Flag, que eram ótimos. Só que na forma como foram colocadas em Valhalla, as canções ficam mais parecidas com uma rádio do GTA.

As histórias, por outro lado, são bem legais e ajudam a dar mais contexto para o Eivor e os vikings, além de fazer sentido pela cultura oral que esse povo realmente tinha.

Ficar bêbado

Uma das atividades extras em Valhalla é uma competição de quem bebe mais rápido, o que muita gente já deve ter feito na faculdade.

No game, a prática foi transformada em minigame, em que é possível ganhar um dinheiro extra, caso vença.

Batalha de Rap (ou repente)

Mais um minigame, dessa vez para saber se Eivor é boa de lábia e pensa rápido: a viking precisa responder o insulto do adversário a altura e ainda rimar.

Particularmente, a atividade está mais para o repente, a prática de cantoria de improviso bem tradicional no nordeste brasileiro.

Quebra-cabeças

Em alguns locais no mapa existem quebra-cabeças escondidos, e você precisa usar perspectiva do cenário para achar a solução.

De maneira parecida com as constelações que Bayek encontrava em Assassin's Creed Origins, a atividade rende pontos extras de habilidade.

Pesca Viking

O que seria de um RPG em mundo aberto sem uma atividade meio enfadonha como pesca, não é mesmo?

Uma corda, uma isca e um pouco de paciência para puxar a vítima marinha são o suficiente para Eivor garantir a janta.

Brincar de Esconde-Esconde

Em Valhalla há algumas pequenas missões paralelas chamadas "eventos do mundo". Elas aparecem após fazer a sincronização em uma parte do mapa.

Em uma delas, Eivor brinca de esconde-esconde com as crianças de um vilarejo. Parece bobo e sem importância, mas é o tipo de narrativa que pode trazer uma surpresa ou outra, além de enriquecer a construção de mundo.

Não pode fazer carinho no cachorro*

Como todos deveriam saber, cachorros são importantes em games, mas de que adianta colocar eles lá se não tem como fazer carinho?

Esperamos que as coisas mudem no lançamento do game, que está previsto ainda para 17 de novembro de 2020, no Playstation 4, PlayStation 5, Xbox One, Xbox Series X e PC.

*Atualização: Na apresentação realizada na Ubisoft Forward, foi revelado que é possível, sim, fazer carinho no cachorro. Na demo em que jogamos, o recurso ainda não estava disponível.

Apesar de o jogo testado estar em inglês, não se preocupem, Assassin's Creed Valhalla terá localização com legenda e dublagem em português no lançamento.

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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL