Pirataria dá vida ao Infanto, 'console' retrô feito no Brasil
Imagine poder curtir jogos de mais de 10 videogames antigos por meio de um aparelho bem menor que a maioria dos smartphones e tablets da atualidade.
Esta é a proposta do Infanto, um engenhoso aparelho criado no Brasil que usa o poder dos polêmicos emuladores para fazer esse sonho virar realidade.
Com cerca de 9,7cm de comprimento, 6cm de largura e 2,7cm de altura, o Infanto é mais ou menos do tamanho de um sabonete e pode ser comprado por R$ 600, apenas pela internet.
Acompanha fonte de alimentação (igual à de celulares Android), cabo HDMI (única opção de saída de vídeo), dois controles USB e milhares e milhares de jogos na memória, guardados em um cartão SD de 16GB espetado na parte de trás do aparelho.
Justamente aí fica o principal problema do Infanto: todos esses games vendidos juntos com o aparelho são ilegais, são as chamadas ROMs. Ou seja, trata-se de pirataria.
VÍDEO MOSTRA O 'CONSOLE' INFANTO EM AÇÃO
Pirataria
O Infanto não tem pudor algum em usar dezenas de centenas de jogos ilegais. São títulos de fliperama (incluindo a famosa placa CPS2 da Capcom), Atari 2600, Game Boy, Game Boy Color, NES, Master System, Mega Drive, Super Nintendo, Neo Geo e TurboGrafx-16
A impressão é que o fabricante do aparelho baixou da internet versões dos tais 'goodsets', conjuntos completos ou, ao menos, bem amplos e variados, de ROMs de um determinado aparelho.
Por exemplo, há diversos títulos repetidos, variando apenas se são dos EUA ou da Europa. Muitos de fliperama sequer funcionam e o icônico "Star Fox", de SNES, um dos mais difíceis de rodarem em emulador por conta do chip Super FX, veja só, não funciona direito.
Não é possível retirar ou adicionar games ao Infanto, já que os arquivos estão habilmente escondidos no cartão SD, mas o fabricante promete no anúncio online pelo qual vende o aparelho que "futuramente" adicionará cartões adicionais com jogos de PlayStation 1, Nintendo 64 e Dream Quest (claro, provavelmente se referindo ao Dreamcast).
Imitação do DualShock 2, controle que acompanha o Infanto é muito ruim
Compacto e econômico
Em termos de hardware, o Infanto chama atenção de forma positiva. Leve, compacto e fácil de ligar, ele roda em resolução 720p.
O videogame demora cerca de 30 segundos entre ligar, exibir um curioso logo flamejante e chegar a simpáticos menus com as listas de jogos de cada aparelho disponível. Impressiona como o Infanto consome pouca energia, cerca de 5V segundo o fabricante.
Em nossos testes conseguimos ligá-lo até usando baterias externas, dessas de levar na mochila e bolsa para carregar o celular.
Os controles já não empolgam. O pacote acompanha dois joysticks USB que imitam o DualShock 2, mas são bem ruins, com direicionais duros e botões falhos, especialmente os de ombro, como L2 e R2.
Pena que funcionam nele apenas controles plug-and-play, impedindo de usar os dos Xbox 360 ou Xbox One, por exemplo.
Aliás, o Infanto também traz uma conexão para cabo de internet, mas que não é utilizada ou explicada.
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