BBC comercial falharia com o público britânico, diz diretor-geral da empresa
LONDRES (Reuters) - Uma rede BBC financiada puramente por meios comerciais falharia em servir o todo o público britânico como faz hoje, alertou o diretor-geral da corporação nesta terça-feira, após o governo questionar se o modelo de financiamento público deveria ou não continuar no futuro.
Formada em 1922 para educar, informar e entreter, a BBC cria conteúdo global, nacional e local para rádio, televisão e internet para audiência em massa, enquanto atende também os usuários que não tem seus interesses servidos por veículos comerciais.
A rede é financiada por uma taxa de licenciamento paga por todos os domicílios proprietários de televisores no país, o que supostamente garante sua independência editorial. Na realidade, isso força a corporação a participar de rodadas de negociação por financiamento com ministros, o que normalmente leva a tensões.
Na segunda-feira, a ministra da Cultura Nadine Dorries, que já acusou anteriormente a BBC de representar um pensamento de um grupo metropolitano do país, disse que a taxa de licença será congelada pelos próximos dois anos, e que seria corrigida em relação à inflação por quatro anos depois disso.
Dorries disse que um debate é necessário sobre o futuro do modelo de financiamento, questionando se as pessoas deveriam pagar 159 libras por ano pela BBC, quando podem pagar menos por serviços como a Netflix ou a Amazon Prime.
O diretor-geral da BBC, Tim Davie, disse na rádio BBC que a sociedade perderia algo precioso caso buscasse um modelo comercial.
"A BBC serve o público britânico e todo o público britânico", disse. "O princípio da universalidade é absolutamente o debate aqui. Pessoas dizem 'será que pode ser uma operação comercial?', é claro que sim, mas não fará o que faz hoje."
(Reportagem de Kate Holton)
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