Guia Michelin oferece consolo aos chefs franceses afetados pela Covid
PARIS (Reuters) - O restaurante do chef francês Sylvain Sendra está fechado há meses e seus funcionários estão de licença, mas na segunda-feira ele recebeu uma boa notícia: seu restaurante manteve a estrela no guia anual Michelin.
O guia, amplamente conhecido como a bíblia da gastronomia, publicou sua edição anual em francês nesta segunda-feira.
Preparando uma entrada de couve-flor com molho de creme e baunilha em seu restaurante vazio, o Fleur de Pavé, Sendra disse que o guia proporcionou o reconhecimento muito necessário para um comércio que foi duramente atingido pelos efeitos da pandemia de Covid-19.
Com restaurantes fechados para tentar conter a propagação do vírus, a única receita de Sendra vem de jantares particulares que ele prepara para alguns clientes fiéis.
“Para quem consegue a primeira estrela, no período que estamos sofrendo, isso vai ser pelo menos um consolo para eles”, disse o chef.
Neste ano, terminar o guia foi uma dor de cabeça logística. Houve apenas algumas semanas em que os restaurantes ficaram abertos entre os lockdowns impostos por conta da Covid-19.
Quando as restrições diminuíram, os fiscais cancelaram suas férias para que pudessem conseguir o máximo de visitas possível antes que os restaurantes fossem forçados a fechar novamente, disse Gwendal Poullennec, diretor internacional do guia.
No guia deste ano, um novo restaurante foi elevado ao mais cobiçado ranking de três estrelas Michelin. O AM par Alexandre Mazzia, da cidade de Marselha, juntou-se aos outros 29 restaurantes franceses que já detêm a distinção.
Dois restaurantes receberam duas estrelas pela primeira vez e 54 estabelecimentos receberam uma estrela pela primeira vez.
(Reportagem de Christian Hartmann, Yiming Woo e Michaela Cabrera)
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