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Morre Bertrand Tavernier, diretor francês indicado ao Oscar, aos 79 anos

O cineasta francês Bertrand Tavernier em 2017 - Eric Fougere - Corbis via Getty Images
O cineasta francês Bertrand Tavernier em 2017 Imagem: Eric Fougere - Corbis via Getty Images

De Paris

25/03/2021 12h11

Bertrand Tavernier, icônico diretor do cinema francês cujo longa "A Lei de Quem Tem o Poder" (1981) foi indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro, morreu hoje aos 79 anos, anunciou o Instituto Lumière, que ele presidia. A causa da morte não foi revelada.

"Junto com sua esposa Sarah, seus filhos Nils e Tifanny e seus netos, o Instituto Lumière (...) comunica com tristeza e dor o falecimento hoje de Bertrand Tavernier", informou a instituição no Twitter.

Bertrand Tavernier nasceu em 25 de abril de 1941 em Lyon, centro-leste da França. Filho do escritor e combatente da resistência René Tavernier, ele descobriu o cinema durante uma estadia em um sanatório na juventude.

Artista comprometido com obra eclética e reconhecido no exterior, dirigiu filmes de época e contemporâneos, com predileção por temas sociais.

Era também um grande cinéfilo, dedicado à preservação de filmes clássicos, movido tanto pelo desejo de defender o cinema independente francês como pela paixão pelo cinema americano do século 20.

Cena de 'A Lei de Quem Tem o Poder', de Bertrand Tavernier, lançado em 1981 - Reprodução - Reprodução
Cena de 'A Lei de Quem Tem o Poder', de Bertrand Tavernier, lançado em 1981
Imagem: Reprodução

Além de "A Lei de Quem Tem o Poder", outros de seus filmes também foram premiados pelo mundo: "O Relojoeiro" levou o prêmio Louis-Delluc de 1974; "Um Sonho de Domingo" rendeu-lhe melhor direção em Cannes em 1984; "A Vida e Nada Mais" venceu o BAFTA de melhor filme estrangeiro em 1990; e "A Isca" foi reconhecido com o Urso de Ouro de 1995 em Berlim.

Em 2015, recebeu também um Leão de Ouro especial de Veneza, pelo conjunto da obra.

Seu último trabalho foi o documentário "Viagem Através do Cinema Francês", lançado em 2016. Já na ficção, deixa como última obra o elogiado "O Palácio Francês", de 2013.