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'Me equivoquei', admite Gustavo Mendes sobre denúncia de assalto em MG

De Splash, em São Paulo

17/01/2023 23h59

O humorista Gustavo Mendes, de 33, conhecido por imitar a ex-presidente Dilma Rousseff, se manifestou na terça-feira (17) para admitir que se equivocou ao afirmar ter sido vítima de uma tentativa de assalto em Juiz de Fora, em Minas Gerais.

"Primeiro, eu preciso lembrar para vocês que eu tomei duas pedradas na cabeça bem fortes. Não aconteceu o pior, mas foram (pedradas) dadas para matar, tão aí nas imagens", iniciou ele, em postagem de um vídeo no Instagram.

O artista conta que saiu de um bar por volta das 4h da manhã após madrugada de bebedeira e se encontrou com uma mulher — a qual ele se referiu como "maltrapilha" — lhe pedindo dinheiro.

Segundo o humorista, ele respondeu de forma ríspida a mulher em razão do "medo de ser assaltado", mas ela chamou seu companheiro para tirar satisfação.

Dou uma resposta ríspida para ela, que é uma resposta que eu costumo dar para não parar. Eu não ia parar, estava com medo, era de madrugada na rua. Ela me pede dinheiro e eu tenho uma frase que eu sempre digo quando me pedem: 'Você tem dinheiro para me dar?' Eu digo: 'Tenho, mas não vou dar'. Eu disse essa frase para ela e saí. Ela foi, falou para o marido dela que estava vindo logo atrás, ele veio tirar satisfação comigo.
Gustavo Mendes

Na sequência, o humorista relata ter entrado em uma discussão com o companheiro da mulher e acabou levando duas pedradas na cabeça. Com medo de ser assaltado, ainda correu atrás do homem para evitar que pudesse "passar a imagem de fraqueza" para ser roubado.

"Tanto que estou tranquilo com meu celular e eles não são bandidos, não tem nada de roubo contra eles. Enfim, quando ele vem para cima de mim para tirar satisfação, ele bota a mão debaixo da camisa, ele diz isso em depoimento, e fiquei com medo, fiquei apavorado, achei que era uma tentativa de assalto, tinha uma pessoa comigo e começo uma pequena discussão, dizendo: 'Você está querendo me assaltar, quem você está pensando que você é? Sai daqui, corre daqui'. Falo bem frio e agressivo. Ele vai e pega duas pedras e me tampa para me acertar e matar. E sai fugido e eu ainda vou atrás dele, porque fiquei com medo dele pensar que, ao me derrubar, eu ficaria fraco e ele pudesse me espancar", detalhou.

Por fim, o humorista admite que se equivocou ao denunciar uma tentativa de assalto quando, na verdade, a confusão aconteceu em virtude de um desentendimento dele com o casal.

"Eu digo isso para a polícia, porque eu vou ao hospital e a médica que me atendeu diz para eu ficar acordado até mais ou menos meio-dia, uma hora da tarde. Não me recordo. Porque quando você toma uma agressão dessa na cabeça, você tem que se manter acordado para ver se vai ter alguma reação, enfim, não deu nada de mais", destacou.

Fato é que eu me equivoquei nessa denúncia, mas eu fui vítima dessa agressão, eu sofri essa agressão, eu poderia estar morto a essa hora. A violência é um problema grave. Me julgar por eu ter me equivocado com os fatos é uma burrice. Eu tomei um trauma na cabeça e quero agradecer para que fique tudo esclarecido, porque nada mais importante do que a verdade. Graças ao trabalho da polícia civil, que fez esse inquérito com muita competência e muita agilidade. Gustavo Mendes

Nos comentários do vídeo, os amigos e fãs de Gustavo Mendes deixaram mensagens de apoio e o aconselhando a "seguir a vida com tranquilidade" após o episódio.

Na semana passada, a Polícia Civil de Minas Gerais informou que concluiu, após investigações, que Gustavo Mendes sofreu uma lesão corporal, e não sofreu uma tentativa de assalto em Juiz de Fora (MG).

O que diz a polícia

  • O suspeito, um homem de 26 anos, foi identificado;
  • Foram ouvidas vítimas e testemunhas, inclusive o amigo do humorista que o acompanhava no momento da agressão;
  • Um desentendimento teria acontecido entre a vítima e o agressor minutos antes de Gustavo levar duas pedradas;
  • O delegado Daniel Buchmuller diz que, caso seja comprovado que Gustavo mentiu "dolosamente", o humorista poderá responder por denunciação caluniosa ou comunicação falsa de crime;