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Peças de relógio do século 17 são guardadas na esperança de restauração

Relógio danificado por bolsonaristas, em Brasília (DF)  - Reprodução
Relógio danificado por bolsonaristas, em Brasília (DF) Imagem: Reprodução

De Splash, em São Paulo

14/01/2023 04h00

As peças do relógio de pêndulo de Balthazar Martinot foram guardadas e catalogadas na esperança de uma possível restauração. A informação aparece em relatório preliminar divulgado pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional).

O item do século 17, que é considerado raro e de valor inestimável, foi danificado durante os ataques golpistas do último dia 8 de janeiro, em Brasília (DF). O objeto ficava no terceiro andar do Palácio do Planalto, próximo ao gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Segundo o documento, o relógio foi "fragmentado em toda sua extensão, apresentando fissuras, deformação e perdas". As peças encontradas foram catalogadas e guardadas na esperança de um "futuro restauro".

Curiosidades sobre o item:

Relógio  - Coordenação de Preservação de Bens Históricos e Artísticos da Presidência da República - Coordenação de Preservação de Bens Históricos e Artísticos da Presidência da República
Relógio foi danificado durante invsão ao Palácio do Planalto, em Brasília
Imagem: Coordenação de Preservação de Bens Históricos e Artísticos da Presidência da República
  • A peça é original do século XVII;
  • Foi dado de presente para D. João VI;
  • Está no Brasil desde 1808;
  • O relógio foi feito por Balthazar Martinot, o relojoeiro de Luís XIV;
  • Existem apenas dois relógios de Martinot, no mundo. O outro, exposto no Palácio de Versalhes, na França, tem metade do tamanho da peça que foi danificada pelos terroristas;
  • A peça foi resgatada de um depósito do governo e passou por restauração em 2012.

A ministra da Cultura, Margareth Menezes, afirmou que o prejuízo foi "muito grande" e que a avaliação de todo o cenário levará "alguns meses" para ser concluída. "A maioria dos danos aos edifícios são danos irreparáveis", disse a ministra, ao comentar o relatório na quinta (12).