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Dahmer: Mania 'nojenta' levou detento a orquestrar morte do serial killer

Jeffrey Dahmer foi condenado a 16 sentenças de prisão perpétua - Reprodução/NBC
Jeffrey Dahmer foi condenado a 16 sentenças de prisão perpétua Imagem: Reprodução/NBC

Colaboração para Splash, em São Paulo

09/10/2022 04h00

Criada por Ryan Murphy e protagonizada por Evan Peters, a minissérie de crime real "Dahmer: Um Canibal Americano" (Netflix) fez com que o serial killer que dá nome à produção voltasse aos holofotes da mídia.

Jeffrey Dahmer matou 17 homens e adolescentes nos Estados Unidos entre os anos 1978 e 1991. As vítimas tinham entre 14 e 32 anos e eram em sua maioria pessoas à margem da sociedade: LGBTQIA+, homens negros, asiáticos ou indígenas e de baixo poder aquisitivo.

Ele foi preso em 1991 e recebeu 16 sentenças de prisão perpétua. Três anos depois, no dia 28 de novembro de 1994, foi espancado até a morte por Christopher Scarver, outro detento da prisão de segurança máxima Columbia Correctional Institution.

Mas, afinal, qual foi o plano do responsável pela morte de Dahmer?

Hábito nojento e morte orquestrada

Em 2015, Christopher Scarver, que foi diagnosticado com esquizofrenia, explicou ao jornal New York Post que Jeffrey Dahmer costumava esculpir membros decepados com comida, usando ketchup como sangue falso para perturbar os outros presos.

"Ele colocava essas coisas em locais onde os outros veriam. Ele ultrapassou o limite com algumas pessoas: prisioneiros, funcionários do presídio. Algumas pessoas estão arrependidas na prisão, mas ele não era uma delas", disse o detento, que passou a observar Dahmer e pesquisar seus crimes.

Na manhã de 28 de novembro de 1994, Dahmer, junto com Scarver e outro preso, Jesse Anderson, deixaram suas celas para trabalhar. Foi a deixa para ele confrontar o serial killer.

Quando os três se separaram, Scarver seguiu Dahmer em direção ao vestiário e usou uma barra de metal para confrontá-lo sobre seus crimes.

"Perguntei se ele realmente havia cometido os crimes, porque eu estava enojado. Ele ficou chocado. Tentou procurar uma saída, mas eu o bloqueei", contou Scarver ao New York Post. "Ele acabou morto", acrescentou.

Por volta das 8h30 da manhã, Dahmer foi encontrado no chão do banheiro, com ferimentos na cabeça. Ele foi levado às pressas para um hospital, ainda com vida, mas declarado morto horas depois, como é representado na minissérie da Netflix.

Anderson também foi espancado por Scarver, com a mesma barra de ferro, e morreu dois dias depois.

Depois de atacar os dois homens, Scarver voltou para a sua cela e informou aos guardas que "Jeffrey Dahmer e Jesse Anderson estavam mortos porque Deus disse a ele para fazer aquilo".

O assassino foi condenado a duas sentenças de prisão perpétua pelos crimes.

Errata: este conteúdo foi atualizado
Dahmer foi condenado a 16 penas de prisão perpétua, e não 17. Além disso, Ryan Murphy é criador da série, e não diretor. O conteúdo foi corrigido.