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Quem foi Elizabeth 1ª, rainha que aos 3 teve a mãe decapitada por traição

A vida da rainha Elizabeth 1ª, da Inglaterra, também foi contada como se fosse um conto de fadas - Ana Galvan
A vida da rainha Elizabeth 1ª, da Inglaterra, também foi contada como se fosse um conto de fadas Imagem: Ana Galvan

Franceli Stefani

Colaboração para Splash

13/09/2022 04h00

Rainha de 1558 a 1603, quando morreu aos 69 anos, Elizabeth 1ª ficou conhecida por tornar a Inglaterra o principal centro financeiro da Europa, uma potência econômica, política e cultural. Por isso, o período de seu reinado ficou chamado de 'Era de Ouro' inglesa".

Filha de Henrique 8° e sua segunda esposa, Ana Bolena, a princesa nasceu no Palácio de Placentia, em Greenwich, no sudoeste de Londres, no dia 7 de setembro de 1533. A majestade a última rainha da dinastia Tudor a ocupar o trono inglês.

Embora tenha sido considerada uma majestade exemplar, querida e respeitada pelos seus súditos, não teve uma infância e juventude com as mordomias reais. Todo esse período, passou fora da corte.

Tudo porque teve sua mãe decapitada, porque quando ela tinha três anos, correram boatos de que a rainha havia traído o rei. A sentença foi a morte.

Foi aí que a pequena teve o direito ao trono retirado. Dedicada inteiramente aos estudos. Foi educada por humanistas em Cambridge, aprendeu línguas, música e dança. Voltou para a corte quando o Parlamento devolveu seus direitos, em 1544.

Em 1547, quando ela estava com 13 anos, Henrique 8° morreu. O seu meio-irmão, Eduardo 6°, então, assumiu o trono.

Como ele tinha apenas 10 anos, o governo ficou sob a regência de Somerset —até 1549— e, depois, de Warwick, até 1553.

A professora e biblioteconomista Dilva Frazão relatou no site E Biografia que polêmicas também fizeram parte da vida de Elizabeth. Durante esse período, ela se viu envolta por intrigas. Chegou a ser acusada de participar da conspiração de Lord Seymour.

No ano de 1553, o rei morre e Maria Tudor assume. Em 1558, Maria 1ª faleceu e Elizabeth 1ª sobe ao trono. Com 25 anos é coroada rainha da Inglaterra.

Em 1562, restaura o Ato de Supremacia, que estabelece o soberano como chefe da Igreja Anglicana. Forma o novo corpo eclesiástico e promove a ressurreição do anglicanismo.

Oito anos depois, a rainha é excomungada pela Igreja Católica.

Em sua história, com medo de conspirações, chegou a aprisionar a prima e rival, a rainha católica da Escócia Mary Stuart, que terminou decapitada, a mando de Elizabeth, em 1587. O fato gerou uma guerra entre a católica Espanha e a Inglaterra protestante, que era um poderoso império.

A monarca desenvolveu o comércio, marinha, a indústria, implementou algumas leis trabalhistas e incentivou a cultura e as artes. Foi nessa época que William Shakespeare, Christopher Marlowe e Ben Johnson surgiram.

Considerada uma mulher inteligente, foi no reinado dela que surgiram as indústrias da construção naval, do ferro, estanho, entre outros. No ano de 1559, a realeza criou a Bolsa de Londres e concedeu o monopólio para a exploração comercial das colônias.

O UOL Educação pontua um exemplo de supremacia comercial inglesa, nascida da política mercantilista de Elizabeth, foi a criação, em 1600, da Companhia das Índias Orientais, que atuaria nas mais distantes regiões do mundo.

Conhecida também por ser a rainha virgem, ela nunca se casou. Sem herdeiros, já no leito de morte, indicou o filho da rival, Mary, o Jaime 4° da Escócia, como seu sucessor.

A rainha faleceu no dia 24 de março de 1603, no Palácio de Placentia, em Greenwich, e, então, James 1° da Inglaterra, assumiu o trono.