O que é Operação Unicórnio, ação para a morte da rainha Elizabeth 2ª?

Rainha Elizabeth 2ª estava com 96 anos - Jane Barlow/Pool via REUTERS — Rainha Elizabeth 2ª estava com 96 anos Imagem: Jane Barlow/Pool via REUTERS

De Splash, em São Paulo

08/09/2022 14h41Atualizada em 09/09/2022 10h16

Londres deu início à "Operação Unicórnio", plano de ação do Palácio de Buckingham após a morte da rainha Elizabeth 2ª, aos 96 anos. Desenvolvido em 1960 e inicialmente compartilhado com um pequeno grupo de pessoas, ele chegou a ser divulgado em um memorando que vazou pelo site Politico, e agora entra em prática.

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Nele, estão os protocolos oficiais da realeza para o dia da morte da monarca.

O que acontece?

Todas as bandeiras dos palácios ficam a meio-mastro num prazo de dez minutos. As atividades governamentais são suspensas por dez dias, exceto atividades essenciais.

Como a rainha morreu fora do Palácio de Buckingham — ela faleceu no Castelo de Balmoral, na Escócia — seu corpo deve ser transportado de volta a Londres. A primeira opção de transporte é o trem privativo da família real, mas caso não seja possível, o corpo será levado à capital num avião. Esse plano alternativo é conhecido como "Operação Overstudy".

Ligações e mensagens

Antes de qualquer outra coisa, a informação precisa ser comunicada a autoridades.

A primeira-ministra em atividade deve ser avisado por meio de uma ligação telefônica e de uma mensagem. Rumores alegam que o código "A Ponte de Londres caiu" seria ser usado.

Em seguida, outros oficiais também são comunicados, por telefone, em ordem de senioridade. Só depois disso, a população é informada, por meio de um comunicado oficial para a imprensa.

Um pronunciamento é feito na TV comunicando a morte, e o príncipe Charles se preparar para sair em turnê pelo Reino Unido por dez dias.

Além disso, o site da família real é substituído por uma única página preta com um breve texto confirmando a morte da rainha, e as redes sociais da família ficam em silêncio. Os sites governamentais recebem um banner preto em homenagem à monarca.

O Dia D

O dia da morte é denominado o Dia D (ou D-Day, no original), e os dias seguintes são contabilizados a partir deste, sendo referenciados como D+1, D+2 e assim por diante.

Funeral e homenagens finais

Imediatamente após a morte, um memorial fechado para ministros acontece na catedral de São Pedro, também conhecida como Abadia de Westminster. Embora planejada com antecedência, o documento afirma que a cerimônia deve parecer "espontânea".

Durante a sua turnê, o príncipe Charles passa pela Irlanda do Norte, pela Escócia e pelo País de Gales. Nesse tempo, o corpo da rainha permanece no Palácio de Buckingham.

No dia 5, ele é transferido para o Palácio de Westminster, para a população poder prestar homenagens durante três dias.

Além disso, um memorial público, provavelmente televisionado, acontece na capela de São George, no Castelo de Windsor.

O funeral é planejado para ocorrer dez dias após a morte. O corpo da rainha deve ser enterrado na capela memorial Rei George 6º.

O caixão passa a ficar ao lado de onde está enterrado o duque Philip, seus pais e sua irmã, princesa Margaret.

Quando Charles assume o trono?

O conselho de ascensão se reúne no dia D+1, no Palácio St. James. Este conselho proclama Charles como o novo rei.

No mesmo dia, o primeiro-ministro vai ao Palácio de Buckingham para se encontrar com o rei Charles. Logo em seguida, o monarca recém empossado faz a turnê pelo Reino Unido.

Rainha Elizabeth 2ª

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Rainha Elizabeth 2ª no colo de seus pais em imagem de 1926

PA Images via Getty Images

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Retrato da Rainha Elizabeth 2ª em 1940

Getty Images

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Quatro gerações da família real britânica: a rainha Elizabeth 2ª com sua filha Anne nos braços, acompanhada de sua mãe e sua avó.

Keystone/Getty Images