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Fátima repudia Eduardo Bolsonaro após debochar de tortura de Miriam Leitão

Fátima Bernardes durante a fala em repúdio a Eduardo Bolsonaro - Reprodução/Globo
Fátima Bernardes durante a fala em repúdio a Eduardo Bolsonaro Imagem: Reprodução/Globo

Colaboração para Splash, em São Paulo

04/04/2022 21h15

Fátima Bernardes, de 59 anos, repudiou hoje durante o "Encontro" (TV Globo) a publicação feita pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) debochando da tortura sofrida pela jornalista Miriam Leitão durante a ditadura militar.

Durante o momento do seu programa que ela fala sobre os assuntos mais comentados nas redes sociais, Fátima criticou a publicação do parlamentar sobre sentir "pena da cobra", referência a um dos métodos empregados pelos torturadores da jornalista.

"Vamos começar dando uma olhada nos assuntos mais comentados das redes sociais. A gente vê aqui no centro da nossa nuvem a nome da jornalista Miriam Leitão. Nossa colega aparece aqui por causa de uma postagem lamentável do deputado Eduardo Bolsonaro que debochou da tortura que ela sofreu durante a ditadura quando estava grávida", disse Fátima.

Ela explicou a tortura que a jornalista sofreu durante os anos de ditadura militar no Brasil. "Para quem não sabe, durante a ditadura, a Miriam foi colocada num quarto escuro com uma cobra, como uma das formas de tortura. Ela estava grávida", afirmou.

Em seguida, Fátima enviou uma mensagem em solidariedade à jornalista. "Miriam, queria que você recebesse nosso apoio, nossa solidariedade, o nosso reconhecimento pelo trabalho que você faz para a garantia da democracia do nosso país importantíssimo. Quanto eu deputado eu prefiro nem falar", concluiu.

Outros jornalistas também se manifestaram e criticaram a publicação do filho de Jair Bolsonaro. Pelo Twitter, Guga Chacra manifestou sua solidariedade à jornalista que, segundo ele, "foi atacada nesta rede social por um covarde defensor da tortura".

Andréia Sadi também deixou uma mensagem de apoio. "Ódio e nojo de ditadura e de ataques e comentários como o do deputado a uma mulher (claro, sempre mulher..) que foi presa e torturada- e estava grávida!- na ditadura. Todo meu amor e respeito, hoje e sempre. Sigamos juntas. Beijos", disse.

Vera Magalhães, apresentadora do "Roda Viva", disse: "Miriam Leitão foi torturada grávida pela ditadura que essa família apoia. O deputado federal por São Paulo faz um comentário nojento e indigno desse. A infâmia está tão normalizada que faz o que faz e não sofre nenhuma punição do conselho de ética. Pessoa baixa", disse.

A classe artística também escreveu mensagens em solidariedade, como a cantora Daniela Mercury. "Minha solidariedade a Miriam, que além de ter sofrido tortura quando estava grávida durante o regime militar no Brasil, foi agredida pelo sádico filho do presidente que celebrou a tortura que Miriam sofreu. Uma atitude abominável e que é também um ataque a todas as mulheres.