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Como Marcos parou River e Corinthians para virar 'santo' palmeirense

Marcos comemora o título do Palmeiras na Libertadores de 1999 - Ormuzd Alves/Folhapress
Marcos comemora o título do Palmeiras na Libertadores de 1999 Imagem: Ormuzd Alves/Folhapress

De Splash, em São Paulo

31/03/2022 04h00

Não são poucos os palmeirenses que lembram bastante do ano de 1999. Foi naquele ano que o time conquistou pela primeira vez a Libertadores. Mais do que isso, viu surgir um dos maiores ídolos de sua história: Marcos.

Ele é um dos entrevistados de "1999 - A Conquista da América", filme que chega aos cinemas hoje e que fará muitos torcedores do Palmeiras relembrarem do goleiro. Foi ali que nasceu um santo.

"Nesse dia do jogo estava absurdo, uma das melhores partidas que eu fiz na minha vida", disse o goleiro sobre o duelo das quartas de final contra o Corinthians.

Marcos já havia feito milagres na vitória do jogo de ida, por 2 a 0, apesar de ter se dado nota 9,5, pois "errou tiros de meta". No de volta, a derrota por 2 a 0, e coube ao goleiro pegar o pênalti de Vampeta e colocar o Palmeiras na semifinal.

O goleiro, que era reserva até então no Palmeiras, vivia um momento especial. Tinha acabado de ser pai, com Luca, nascido quatro meses antes.

Vale lembrar que não foi uma opção colocar Marcos no gol. Velloso, o então titular, se machucou em uma partida contra o União São João.

O heroísmo alcançado contra o Corinthians foi consolidado na derrota por 1 a 0 para o River nas semifinais. Mais uma vez, o pior só foi evitado graças a Marcos e o Palmeiras foi à final após vencer por 3 a 0.

"Essa Libertadores mudou minha vida. Eu era terceiro goleiro e, dentro da competição, virei o titular, recebi o apelido de São Marcos e tive a oportunidade de jogar a Copa do Mundo por causa dessa Libertadores. É o título mais importante que conquistei no Palmeiras e, também, para a minha carreira, para pegar confiança e ser o goleiro do Palmeiras por tantos anos."

Apesar do título ter sido conquistado nos pênaltis, contra o Deportivo Cali, foram os duelos anteriores que renderam o apelido de São Marcos. Afinal, a penalidade que deu o título foi cobrada por Zapata para fora.

O melhor da competição tinha direito a um carro da Toyota, patrocinadora da Libertadores na época. Marcos ganhou o seu e falou que dividiria o valor entre os colegas de time. Mas como tinha um dos menores salários do elenco, ele não abriu mão do veículo.