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José de Abreu é criticado após chorar em TV portuguesa e rebate: 'Chupa'

Colaboração para Splash, em Maceió

14/02/2022 11h49

O ator José de Abreu, de 75 anos, rebateu as críticas de uma seguidora que repercutiu uma entrevista sua concedida recentemente à emissora portuguesa SIC TV, quando chorou e fez críticas ao presidente Jair Bolsonaro (PL).

No Twitter, uma mulher chamou José de Abreu de "abutre" e disse que o artista "fingiu chorar na TV que está muito preocupado com os brasileiros". "Que cara asqueroso", completou.

Em resposta, o famoso foi bem direto e escreveu: "Chupa que a cana é doce".

José de Abreu concedeu uma entrevista ao programa "Júlia", da SIC TV, em Portugal, em que chorou e falou sobre a pandemia de coronavírus no Brasil. Segundo o ator, "640 mil pessoas morreram no país por falta de um presidente digno, por um presidente negacionista, por um presidente que não acredita na ciência".

Na atração, o famoso contou que Bolsonaro "conseguiu colocar na cabeça das pessoas que vacina é comunista, que o vírus [causador da covid-19] é comunista".

À SIC TV, José de Abreu indicou que desistiu de se lançar como candidato nas eleições deste ano e que permanecerá na vida artística.

"Eu cheguei a pensar [em me candidatar], mas foi um momento de? Eu estava tão animado com a possível volta da democracia, do Bolsonaro está perdendo nas pesquisas? Tinha me dado vontade de ajudar a reconstrução do Brasil. Como Lula já disse, o meu lugar é onde estou", contou.

Por fim, Abreu culpou a gestão de Jair Bolsonaro por retomar a situação de miséria no Brasil, com "20 milhões vivendo abaixo da linha da pobreza". "Por que lutamos tanto? Por que esse retrocesso? Me dói muito", completou.

De acordo com dados da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), divulgada no mês passado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a taxa de desemprego no Brasil ficou em 11,6% no trimestre encerrado em novembro, o que representa redução em relação aos 13,1% registrados no trimestre anterior.

Na comparação com mesmo trimestre de 2020 (14,4%), a queda foi ainda maior. A taxa registrada em novembro é a menor desde janeiro de 2020 (11,2%), mas a falta de trabalho ainda atinge 12,4 milhões de brasileiros.

Além disso, os trabalhadores estão ganhando menos. No trimestre, o rendimento real, já descontando a inflação, caiu 4,5% frente ao trimestre anterior, de R$ 2.559 para R$ 2.444. É o menor rendimento da série histórica do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) iniciada em 2012. Em um ano, a queda é ainda maior, de 11,4% (R$ 2.757).

O crescimento do emprego no trimestre foi impulsionado pelo comércio e reflete o maior número de vagas abertas no fim de ano, como é comum nesse período. Quando comparada a igual trimestre de 2020, a população desocupada recuou 14,5% (menos 2,1 milhões de pessoas em busca de trabalho).

Segundo o IBGE, a população subutilizada totaliza 29,1 milhões de pessoas, queda em relação aos 32,7 milhões registrados um ano antes. Trata-se da soma de pessoas desempregadas, que trabalham menos do que poderiam e que não procuraram emprego mesmo estando disponíveis para trabalhar.