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'Lindinhas': Netflix perde assinantes nos EUA após críticas ao filme

Cena do filme "Lindinhas", da Netflix Reprodução

De Splash, em São Paulo

15/09/2020 16h20

A Netflix vem perdendo assinantes nos Estados Unidos por conta da polêmica que envolve o filme "Lindinhas", acusado de apoiar a sexualização de crianças.

A Variety informa que a queda teve início a partir de 10 de setembro, um dia após a estreia do projeto dirigido por Maïmouna Doucouré e quando a #CancelNetflix ("Cancela Netflix) chegou aos assuntos mais discutidos no Twitter.

Já no dia 12 do mesmo mês, a taxa de cancelamento da Netflix nos EUA foi quase 8 vezes maior do que os níveis diários médios registrados em agosto de 2020 — a maior taxa registrada nos últimos anos, segundo informações da empresa YipitData.

Não está claro, porém, qual será o impacto disso na base geral de assinantes da Netflix e se a queda seguirá nos próximos dias, aponta a Variety.

A YipitData se recusou a fornecer estimativas sobre o número de clientes que cancelaram o streaming. No final de junho, a Netflix registrava 193 milhões de clientes em todo o mundo.

Isso depois que a Netflix conquistou cerca de 25,9 milhões de novos assinantes em todo o mundo nos primeiros seis meses de 2020, com a pandemia de coronavírus estimulando inscrições recordes.

No Brasil

Damares Alves, ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, afirmou no Twitter que está estudando medidas contra "Lindinhas". Em resposta a um seguidor, ela afirmou: "Não vamos ficar de braços cruzados. Deixa comigo".

Diretora fala

A diretora Maïmouna Doucouré diz que o filme é justamente uma crítica à sexualização de crianças em nome de uma suposta liberdade sexual:

"Eu conversei com centenas de pré-adolescentes para entender como elas se relacionavam com sua feminilidade hoje em dia. Essas garotas veem que, quanto mais a mulher é sexualizada nas redes sociais, mais bem-sucedida ela é. E sim, isso é perigoso."

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