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Presidente pornô: um romance lisérgico e sacana sobre nossa política

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Uma pornochanchada sobre a República brasileira. Uma literatura não histórica, mas histérica, escrita por uma autora que vê a ficção como o gozo da liberdade. Estou falando de "O Presidente Pornô" (Companhia das Letras), primeiro romance de Bruna Kalil Othero.

Nele, Bruna incorpora em seu personagem principal, o Segundo-Sarnento Bráulio Garrazazuis Bestianelli, mandatário de um país chamado Plazil, aspectos de todos os homens que já passaram pela presidência do Brasil. Sublinho: homens. O romance é dedicado "às presidentas que vieram e que virão".

É a imaginação, a criatividade, a recusa da literatura domada e realista que permite à autora carregar nas tintas das baixarias públicas e imaginar as sacanagens privadas da política. O caminho para achar o equilíbrio num trabalho marcado pelos excessos, pelo escracho, foi um dos assuntos do papo que bati com a escritora.

Bruna também escreveu livros como "Carne", uma reunião de ficções", e "Oswald Pede a Tarsila que Lave Suas Cuecas", um dos seus três títulos de poesia. Mestre em literatura brasileira pela Universidade Federal de Minas Gerais, também é professora e faz doutorado na Universidade de Indiana, nos Estados Unidos.

Na conversa nós passamos por essa experiência fora do país. Bruna ainda falou, dentre outras coisas, sobre a transgressão na arte, a admiração por Hilda Hilst e a necessidade de nos preocuparmos com a alfabetização artística das pessoas.

A foto de Bruna usada na arte do podcast foi feita por Mauro Figa.

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