Texto baseado no relato de acontecimentos, mas contextualizado a partir do conhecimento do jornalista sobre o tema; pode incluir interpretações do jornalista sobre os fatos.
Rodolffo encarna tipo 'caipira' para amenizar preconceitos e chegar à final
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Na mira da casa desde a primeira semana, Rodolffo tem se saído tão bem que começa a vislumbrar chances reais de chegar à final do "BBB 21". Os últimos dois paredões, nos quais enfrentou - e venceu - Carla e Sarah, "empoderaram" o cantor sertanejo.
Na mais recente enquete do UOL sobre quem merece vencer o reality, feita após a eliminação da consultora de marketing, Rodolffo aparece em terceiro lugar das preferências, com 10,53% dos votos, atrás apenas de Juliette (48,17%) e Gilberto (20,13%).
Rodolffo teve muito poucos votos (7,88%) no paredão que eliminou Kerline, depois escapou por muito pouco (44,45%) da disputa com Carla e ficou em situação bem mais tranquila (22%) no paredão com Sarah. Ele não sabe de nada disso, mas está se sentindo, com razão, forte diante do público.
Por outro lado, ele tem consciência de que continua no alvo de vários participantes e, deve imaginar, de uma boa parte do público por causa de comentários machistas e preconceituosos contra homossexuais.
A postura de Rodolffo na festa de quarta-feira (30) foi a de um jogador em campanha para aparar as arestas. Teve conversas importantes com Pocah, João e Juliette. Deixando por alguns momentos o jeito reservado, de quem gosta mais de ouvir do que de falar, o músico deu pistas de que sabe quais são os seus pontos fracos e como enfrentá-los.
No papo com Pocah, após ouvir que o Brasil é o pais que mata mais LGBTs no mundo, Rodolffo desenvolveu melhor o argumento que usou na semana anterior, quando foi indicado por Gilberto após um comentário preconceituoso sobre Fiuk usar vestido. Trata-se da ideia que as pessoas precisam ser compreensivas com quem é do interior do Brasil.
É uma tática que já funcionou em outras edições - o "caipira" sem muito traquejo social, que fala bobagens "sem intenção de ofender" por ignorar as coisas da "cidade grande".
Disse Rodolffo à funkeira: "Tem cinco amigos meus que nunca moraram numa capital, que ainda moram no interior. Você sai de lá vomitando de machismo, de racismo, de homofobia. Tô te falando sério. O Brasil, no interior, ainda é muito sem informação. As pessoas precisam ter uma paciência muito grande pra ensinar a galera do interior e a galera que tá vindo", disse ele.
E acrescentou: "Tenho amigos meus, da mesma idade minha, que eu já superei muitas coisas de racismo, de homofobia e de machismo que ainda estão encravados neles porque eles ainda estão morando no interior e têm menos informações que a gente que tá na rua, morando numa capital e rodando".
Na conversa com João, de quem é alvo, Rodolffo foi além e procurou enfatizar que, caso seja preconceituoso com o professor, que é gay, não terá sido de forma intencional. "Se eu tiver alguma coisa que você ficar chateado, já te falei, me fala. Eu quero melhorar", pediu.
De Juliette, Rodolffo ouviu uma coisa importante: "Você nunca foi minha opção de voto". Também fez um gracejo com a maquiadora ao cantar um verso da música de Maiara e Maraisa para ela: "No fundo sempre fomos bons amantes".
Mas ainda vai precisar trabalhar muito para conseguir tê-la como aliada. Juliette lembrou: "Eu já disse que eu odeio muito algumas coisas que você falou ou fez, mas o momento de votar em você não chegou pra mim".
O desafio de Rodolffo, creio, é conseguir manter o apoio do espectador que está defendendo a sua permanência na casa sem mudar muito a natureza do seu comportamento, que incomoda alguns participantes e parte do público.
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