Globo minimiza e chama de "susto enorme" incidente grave com jornalistas
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Fato inédito na história da Rede Globo, um homem armado com uma faca fez uma repórter como refém e invadiu a sede da emissora na tarde desta quarta-feira (10). Marina Araújo ficou um bom tempo imobilizada sob a mira da faca, enquanto o criminoso pedia para falar com Renata Vasconcellos. Afinal, ele se rendeu para a Polícia Militar e foi levado preso para uma delegacia.
Apesar do ineditismo e da gravidade do caso, a Globo optou por dar pouca publicidade ao ataque. O "Jornal Nacional" registrou os acontecimentos numa nota de um minuto e quarenta segundos lida por William Bonner.
"O homem estava perturbado", disse o apresentador. "Foi um susto enorme", qualificou. "Recebemos as duas colegas sãs e salvas", acrescentou, antes de concluir: "Não foi um aniversário tranquilo, né, Renata? Mas o fato mais importante é que a Marina tá bem, que você tá bem e vida que segue".
A apresentadora, que completou 48 anos nesta quarta-feira, encerrou o telejornal dizendo: "É isso. Vida que segue. Desejo a todos, paz. Boa noite".
Entendo que num momento como o atual, com seguidas agressões a jornalistas da Globo, a emissora não considere a melhor política falar muito a respeito. Nos últimos dois meses, foram registrados ataques a profissionais da Globo em São Paulo, Minas Gerais e Pernambuco.
O ataque desta quarta-feira, aparentemente, não foi da mesma natureza dos anteriores. "Foi obra de alguém com distúrbios mentais, sem nenhuma conotação política", disse a emissora na nota em que relatou os acontecimentos.
Dar exposição e visibilidade aos casos pode implicar em estímulo a outros ataques. Neste sentido, entendo como correta a decisão de não divulgar imagens do ataque ocorrido na sede da emissora.
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