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Um passeio ao passado pelas terras nativo-americanas

BONNIE TSUI<BR><br>New York Times Syndicate

11/10/2009 08h40

Na estrada por um alto deserto salpicado de árvores rumo à pequena cidade de Chinle, Arizona, o rádio do carro estava pegando a emissora local navajo, com uma programação carregada de sucessos Top 40, temperada com propagandas em língua navajo e comerciais de carros.

O céu estava azul sem nuvens, e eu estava a caminho, com minha amiga de infância Esther Chak, de Canyon de Chelly, um labirinto geológico de altos penhascos vermelhos e desfiladeiros profundos, pontilhado com pictogramas e ruínas de aldeias ancestrais nas encostas. Situado no coração da Nação Navajo do século 21, é um dos mais antigos lugares continuamente habitados na América do Norte, uma janela tanto para o mundo antigo quanto o moderno.
  • Kevin Moloney/The New York Times

    Casa navajo em Chinle, no Arizona, próximo ao Canyon de Chelly National Monument


Era fim de tarde quando chegamos à boca do desfiladeiro. Enquanto permanecíamos na entrada de visitantes, deslumbradas com os 360 graus de horizonte nos chamando de cada direção, Merlin Yazzie, um guarda do parque com rosto de querubim e rabo-de-cavalo, acenou para nós amistosamente.

"É a primeira visita de vocês à área?" ele disse. "Bem-vindas à terra Navajo."

Os estereótipos de cassinos reluzentes e do passado kitsch de caubóis e índios há muito dominam as noções populares sobre visitar as terras nativo-americanas. Mesmo onde as atrações mais genuínas são óbvias, como o majestoso Vale Monument entre o Arizona e Utah, frequentemente era difícil para forasteiros encontrar uma forma acessível e confortável para explorar as realidades cheias de nuances do território indígena: sua história venerável e culturas distintas; sua beleza natural remota e escarpada.

Foi uma mudança emergente neste velho padrão que nos trouxe ao Canyon de Chelly (a pronúncia é de chei). Uma nova geração de líderes e empreendedores indígenas está fazendo sua influência ser sentida no turismo, trazendo uma abordagem sensível e atualizada à hospitalidade, juntamente com uma ênfase renovada na autenticidade. Em alguns dos lugares mais remotos, intrigantes e belos do território nativo-americano, o foco está mudando para uma experiência turística mais moderna e mais cara.

Nos três dias no Canyon de Chelly, nós percebemos esta mudança no Thunderbird Lodge, um entreposto comercial histórico reformado em um hotel moderno, dirigido por funcionários 100% navajos, e com passeios bem planejados conduzidos por guias navajos experientes e informados. Nosso quarto era um dos 73, todos com internet sem fio e com decoração simples, mas de bom gosto, com gravuras e pinturas de artistas navajos nas paredes, e cortinas e colchas com motivos tribais.

A cerca de 240 quilômetros de distância, um hotel apareceu pela primeira vez no Parque Tribal Navajo do Vale Monument. Batizado aptamente de View (vista), ele é de propriedade de uma família navajo e projetado com cuidado meticuloso para explorar e se mesclar ao esplendor da paisagem.
  • Kevin Moloney/The New York Times

    Cenário de muitos filmes de John Ford, o Monument Valley Navajo Tribal Park é bastante familiar para quem gosta de cinema


Com cor de ferrugem e preocupação ecológica, ele emoldura os icônicos testemunhos Mitten e Merrick com suas sacadas, e é mobiliado com uma coleção cuidadosamente selecionada de tapetes, cerâmicas e jóias de artesãos nativo-americanos. Seu chef, MacNeal Crank, 33 anos, reinterpreta receitas da tribo Navajo que aprendeu com sua avó, com a ajuda do treinamento no programa Le Cordon Blue do Cooking and Hospitality Institute of Chicago.

No Novo México, um novo centro cultural e restaurante que serve culinária nativo-americana e neo-mexicana foi aberto aos pés do Acoma Pueblo, ou Cidade do Céu, uma comunidade tradicional empoleirada no alto de uma mesa. O centro oferece excursões pelo povoado. Em outros lugares, empresas de turismo indígenas surgiram para guiar os turistas por sítios fora das reservas, também oferecendo um entendimento da vida indígena e do passado nativo-americano.

E no Canadá, o novo turismo tribal está presente no território Wendake, ao norte de Quebec, onde um hotel-museu notavelmente moderno foi construído em madeira e vidro para enfatizar o conceito de "ausência de limite" da tribo Huron Wendat - a conexão entre os seres humanos e o mundo natural. Seus 55 quartos e trilhas de bicicleta interpretativas ficam às margens do Rio Akiawenrahk (também conhecido como Saint-Charles).

Em todos esses casos, um respeito pela herança e a consciência ambiental se misturam harmoniosamente à sofisticação do século 21. A tendência reflete não apenas novas ideias e o talento de marketing dos novos empreendedores indígenas, mas uma nova clientela ávida por conhecer o mundo nativo-americano.

"As pessoas têm a mente um pouco mais aberta atualmente quando visitam a América Nativa", disse Sarah Chapman, coordenadora internacional da Go Native America, uma empresa de turismo com sede em Montana que conta com guias e intérpretes indígenas. "Por um lado, há esse empreendimento vistoso de construções ecológicas -que é o caso entre as pessoas mais jovens no turismo tribal- mas eu acho que outra coisa importante aqui é que as pessoas querem se conectar mais à cultura."

A Go Native America foi fundada há 15 anos pelo marido de Chapman, Serle Chapman, um escritor e fotógrafo com herança cheyenne e de outras tribos. Um de seus passeios, chamado "Yellowstone é um Território Indígena", visita sítios ancestrais e explica histórias sobre as origens do Parque Nacional de Yellowstone.

É claro, sítios como Canyon de Chelly e Vale Monument há muito são ícones familiares. Vale Monument serviu como cenário de muitos faroestes de John Ford e John Wayne (Chapman diz que geralmente dedica cerca de cinco minutos informando a cada novo grupo de turistas a "irrelevância de John Wayne para a história nativo-americana"). E a fotografia dos anos 40 de Ansel Adams das ruínas Casa Branca do século 13, em Canyon de Chelly, é uma de suas imagens mais fascinantes do Sudoeste americano.

O desfiladeiro -na verdade um sistema de desfiladeiros interligados- foi transformado em Monumento Nacional de Canyon de Chelly em 1931 e oficialmente faz parte do sistema de parques nacionais, apesar de não ser uma propriedade federal. Com 34 mil hectares (339 quilômetros quadrados, quase o tamanho da Filadélfia) na reserva da tribo Navajo, ele é o lar de uma comunidade de cerca de 80 famílias indígenas e é administrado conjuntamente pelo Serviço de Parques Nacionais e pela Nação Navajo.

Yazzie, o guarda, nos disse que o centro de visitantes recebe apenas cerca de 300 a 400 turistas por dia -"uma gota no balde em comparação ao Grand Canyon". Não há caravanas de ônibus de turismo passando por Canyon de Chelly. Exceto por uma trilha, os visitantes só são autorizados a entrar no interior do desfiladeiro apenas com um guia navajo.

Além do Thunderbird Lodge, a única outra opção para permanecer dentro do parque é uma área de camping adjacente à pousada, apesar de alguns passeios noturnos com guia ao fundo do desfiladeiro também permitirem armar uma tenda. Mas o apelo do conforto de um hotel e restaurante bem administrados tornam uma estadia mais longa e mais significativa nesta região remota mais acessível para um número maior de visitantes. E vale a pena a estadia para experimentar uma interpretação mais profunda do local.

O Thunderbird oferece passeios em grupo diários aos desfiladeiros em veículos quatro por quatro, mas Esther e eu optamos por explorar a cavalo com a ajuda de Cedric Aragon, o co-proprietário de 28 anos do Rancho Totsonii, cujo acesso é por uma estrada de terra que sai da South Rim Drive. O ritmo relaxado da cavalgada facilita conversar e trocar informações culturais, e com Aragon, o acesso que tivemos às ruínas e sítios pré-históricos foi imediato e impressionante.
  • Kevin Moloney/The New York Times

    Um guia leva turistas por um tour a Canyon de Chelly National Monument, no Arizona


Com os cavalos se equilibrando habilmente ao longo das trilhas estreitas no penhasco, nós descemos 335 metros até o fundo do desfiladeiro. Atravessando choupos-do-Canadá e prateadas árvores-do-paraíso, as vistas vertiginosas de céu e rocha eram hipnóticas.

Na base da Spider Rock, um pináculo de arenito de 240 metros de altura que se projeta do Canyon de Chelly perto da intersecção com os Canyons Bat e Monument, Aragon apontou para uma caverna rasa bem atrás de nós. Lá, uma parede acima de nossas cabeças continha uma série de pinturas, com pictogramas provavelmente feitos entre o ano 1 d.C. e 1300 pelos Anasazi, os antepassados ancestrais dos povos Hopi e outros.

Misturados entre essas pinturas estavam desenhos mais escuros, feitos com cinzas, de cavalos correndo pelo arenito vermelho, feitos mais recentemente pelos navajos, que entraram no Canyon de Chelly há cerca de 300 anos; apresentados aos cavalos pelos espanhóis, os navajos logo se tornaram hábeis montadores e criadores. Uma saliência rochosa foi marcada com Xs pretos, significando as estrelas no céu.

Após espiarmos os desenhos, nós três descemos até uma rocha próxima, onde logo me vi disputando berros com Aragon.

"Hooeee!" ele gritou. Uma centena de outros Cedric Aragons, situados em vários locais ao longo do desfiladeiro de 32 quilômetros, gritaram em resposta.

O verdadeiro se recostou, satisfeito, em uma rocha vermelha de arenito, e disse: "Agora você".

Eu respirei fundo antes de soltar um berro. Meus alter egos responderam prontamente, apesar de uma forma um pouco anêmica.

"Eles poderiam ouvir você no próximo mirante, mas nunca poderiam encontrar você", disse Aragon. "Esta é a beleza desses desfiladeiros -eles protegeram nosso povo por muito tempo."

Eu olhei para o alto, para os pináculos de cor de ferrugem diante do azul brilhante do céu de primavera. Nós éramos as únicas pessoas em quilômetros.

Fazer os desfiladeiros gritarem de volta era uma tradição para Aragon, cujas terras da família ficam próximas da boca do desfiladeiro, com vista para a Spider Rock. Dado que pessoas vivem ali continuamente há cerca de 4 mil anos, parecia certo chamá-las. Ele nos disse que os espíritos delas ainda perambulam por ali, sem contar as evidências físicas de suas vidas.

Centenas de metros acima, ruínas soberbamente preservadas de aldeias em vários andares e sítios cerimoniais estavam inseridos nas alcovas e saliências rochosas cujo acesso parecia impossível. Os antigos, ao que parece, eram escaladores incríveis.

Quando entramos no parque no dia anterior, nós paramos para olhar o exemplo presente ali de uma hogan, uma casa tradicional navajo construída com troncos de madeira e barro. Yazzie explicou o desenho tradicional: um padrão encaracolado de toras no telhado representando os céus, toras cruzadas na entrada para lembrar as mãos dobradas de uma mãe, porta para o leste, para saudar o sol nascente.

Agora, enquanto viajávamos a cavalo pela paisagem, nós vimos muitas hogan modernas, algumas construídas com compensados de madeira ou alumínio. Aragon apontou para os chalés de madeira de sauna, usados recentemente, e explicou os usos das plantas e árvores do deserto, da iúca ao pinheiro e salva, para alimento, ervas, remédios, corantes.

Aragon nos contou sobre seus avós, mensageiros de código navajos durante a Segunda Guerra Mundial, que forneciam informação codificada às unidades militares usando palavras da língua navajo. Eu perguntei se ele preferia ser chamado de navajo ou dine.

"Eu tenho muito orgulho de ser dine", ele disse com ponderação. "É como chamamos a nós mesmos -significa 'o povo'."

Ao conhecer esse povo, ao ouvir suas histórias da vida local, explorar os sítios ancestrais e relaxar em nosso quarto confortável, nós percebemos que nossas expectativas para um novo tipo de viagem foram muito bem atingidas.

"Nós daremos as boas-vindas a qualquer um que venha aqui com bom coração e interesse genuíno", nos disse Aragon. "Eu gosto de fazer parte das lembranças das pessoas."
  • Kevin Moloney/The New York Times

    A vista do hotel View fala por si própria


Trilhas escarpadas e hotéis confortáveis

Canyon de Chelly
O Canyon de Chelly National Monument (928-674-5500; www.nps.gov/cach; sem taxa de estacionamento, aceita doações) fica a cerca de quatro horas a noroeste de Albuquerque, Novo México; pela Rota 191 em Chinle, Arizona, dirija quase cinco quilômetros para oeste pela Rota Indígena 7 até o centro de visitantes, onde é possível obter mapas e informações sobre passeios. A North e South Rim Drives ficam abertas o ano todo e não necessitam de guias, assim como a Trilha Casa Branca, um trajeto íngreme, com 180 metros de variação de altitude em menos de dois quilômetros (é a única trilha no monumento que pode ser usada pelos visitantes sem a companhia de um guia). A trilha serpenteia ao longo do fundo do desfiladeiro e leva aos pés da ruína Casa Branca; empoleirada dramaticamente em uma saliência, a ruína é de uma aldeia Anasazi que data de 1200 d.C.

O Thunderbird Lodge (a cerca de 800 metros ao sul do centro de visitantes; 928-674-5841; www.tbirdlodge.com; quartos duplos a partir de US$ 109), uma pousada de adobe vermelho, é o único endereço de hospedagem (fora as áreas de camping) em Canyon de Chelly. O restaurante estilo café fica em um entreposto comercial de 1896, que também funciona como galeria de tapetes (o salão de jantar fica centrado em torno de uma câmara onde antes eram guardados itens de valor). Há de tudo no cardápio, de milho e costelinhas até salada de atum e gelatina. Em toda refeição é servido um prato tradicional, como chili verde.

Na estrada de terra que sai da South Rim Drive, o Rancho Totsonii (928-755-2037; www.totsoniiranch.com) oferece explorações do desfiladeiro a cavalo com guia; o preço é de US$ 15 por pessoa por hora, mais US$ 15 por hora pelo guia.

Para uma amostra da comida local, pare no estacionamento em frente ao Best Western em Chinle; você encontrará barracas de alimentos que vendem milho assado, hambúrgueres navajo (em pão frito), guisado de milho azul e sanduíches com pão frito de carneiro assado com chili verde (US$ 6,50).

Vale Monument
O View Hotel (435-727-5556; www.monumentvalleyview.com; diárias de verão a partir de US$ 195), com 90 quartos, abriu em outubro passado na divisa de Utah e do Arizona, a pouco mais de seis quilômetros na direção leste pela Estrada 163 em Vale Monument. Ele foi construído com especificações ecológicas, com dispositivos de baixa vazão de água, telhado reflexivo e um programa com um colégio local navajo para cultivo de hortifrutis sazonais e ervas para o restaurante. O chef, MacNeal Crank, serve uma mistura de culinária navajo e americana, incluindo tacos de pão frito e guisados, e um flautista local se apresenta no jantar.

A proprietária do View, Armanda Ortega, 25 anos, uma comerciante de sexta geração de artesanato indígena, faz uso cuidadoso dos detalhes para criar a sensação de casamento entre tradição e luxo moderno. Cada quarto conta com abajures de cerâmica trabalhados, tapetes navajos artesanais e gráficos que mostram como os tapetes foram feitos. Cobertores estilo Pendleton com motivos navajos cobrem camas confortáveis, e banheiros espaçosos com bancadas de granito remetem à paisagem rochosa do lado de fora do hotel. O lobby exibe arte e relíquias de família, como pinturas de areia e bonecas kachina de 1,20 metro de altura.

O hotel é um ponto de partida para várias experiências culturais e da herança navajo, incluindo caminhadas com guia pelo Parque Tribal do Vale Monument.

Também na Nação Navajo, o Museu Interativo Explore Navajo, que abriu em 2007 em Tuba City, Arizona (928-640-0684; www.explorenavajo.com; ingresso, US$ 9), usa murais, filmes, mapas e exposições culturais para informar os visitantes sobre os artefatos e tradições dos navajos. Os visitantes também podem entrar em uma recriação de uma hogan de toras e assistir demonstrações ao vivo de tecelagem, lembretes atraentes de como a tradição se mistura com a cultura atual.

Quebec
O Hôtel-Musée Premières Nations (866-551-9222; www.hotelpremieresnations.com; quartos a partir de 156 dólares canadenses, cerca de US$ 140, com o dólar americano cotado a 1,12 dólar canadense, mas pergunte a respeito de pacotes) abriu no ano passado. O museu próprio, gratuito para os hóspedes do hotel, destaca a cultura dos huron wendat, enquanto o restaurante de luxo serve pratos autênticos inspirados nas Primeiras Nações. Os hóspedes podem comprar as obras de artesãos das Primeiras Nações expostas por toda a propriedade.

As atrações próximas incluem as Cataratas de Kabir Kouba, de 455 milhões de anos, e o desfiladeiro; a Casa Tsawenhohi, que foi construída para um grande chefe nos anos 1800; e uma trilha de bicicleta que contém totens animais para os oito clãs dos huron wendat.

Pueblo Country, Novo México
No Centro Cultural da Cidade do Céu e Museu Haak'u no Acoma Pueblo (800-747-0181; sccc.acomaskycity.org), a cerca de uma hora a oeste de Albuquerque, os visitantes podem comprar licenças para uso de câmera ou ingressos de excursão (US$ 20) para visitar o povoado, que fica serenamente acima de uma alta mesa de arenito de 111 metros de altitude. No Yaak'a Cafe, pratos tradicionais acoma incluem panquecas de milho azul e carnes e legumes.

O Hotel Santa Fé (1501 Paseo de Peralta; 800-825-9876; www.hotelsantafe.com; quartos a partir de US$ 158) é o único hotel de propriedade nativo-americana em Santa Fé, do povo de Picuris Pueblo. A seção Hacienda do hotel é isolada, com 35 quartos singulares decorados com arte nativo-americana e com serviço de mordomo. O hotel tem um spa cujos tratamentos incluem ingredientes e rituais de cura indígenas, e o restaurante Amaya serve cozinha moderna americana-indígena.

A maioria dos funcionários é nativo-americano e a loja de presentes também é de propriedade dos picuris. O pacote nativo-americano inclui um passeio com um historiador local até os povoados de San Ildefonso, Santa Clara, Picuris e por toda a paisagem do norte do Novo México.

Passeios
Com sede em Montana, a Go Native America (888-800-1876; www.gonativeamerica.com) é especializada em passeios com pequenos grupos para visitar nações diferentes, incluindo os Lakota, Cheyenne, Blackfeet, Apache, Crow e Shoshone. Os turistas aprendem a respeito da história cultural e do impacto de locais como Sand Creek e Wounded Knee, assistem competições locais como o rodeio All Indian e ficam em acomodações tribais sempre que possível.

A REI Adventures (800-622-2236; www.rei.com/adventures) oferece uma aventura para a família nas Cachoeiras de Havasu (sete dias por US$ 2.299 por pessoa; descontos para crianças) que coloca o Grand Canyon em um contexto nativo-americano. Esta caminhada de uma semana pelo interior, passando por um trecho remoto das Cachoeiras de Havasu do desfiladeiro, inclui uma passagem pelas terras Havasupai (que significa "povo das águas azuis-esverdeadas") e uma visita a uma aldeia local. Os turistas podem ver as tradicionais figuras de gravetos que estão associadas à cultura de caça e coletora do Grand Canyon no final de Era Arcaica (aproximadamente os últimos dois mil anos antes da era cristã).

Bonnie Tsui é autora de "American Chinatown: A People's History of Five Neighborhoods" (Free Press)

Tradução: George El Khouri Andolfato