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Plantas pendentes deixam a casa descolada. Saiba quais são as melhores

Plantas suspensas são ótimas para decoração, mas necessitam de cuidados Imagem: FollowTheFlow/Getty Images/iStockphoto

Glau Gasparetto

Colaboração para Nossa

04/07/2023 04h00

Não são apenas os Ceciliers que têm credencial para encher a casa de plantas suspensas.

Quem quer um lar mais acolhedor e, ao mesmo tempo, descolado, está liberado para explorar as folhagens e flores penduradas pelos cômodos.

O resultado é um mix de vintage, inspirado nas moradas dos pais e até dos avós, com um traço moderno de selva urbana. Além disso, preenchem espaços aéreos e verticais — o que é ótimo em ambientes pequenos.

Trazem ainda segurança aos locais em que há crianças pequenas e pets, suscetíveis às espécies consideradas tóxicas, quando ingeridas.

Casa inteira liberada?

A resposta é sim, se os cômodos contarem com iluminação natural, direta ou indireta, e circulação de ar. Um aposento sem janelas (um lavabo, por exemplo) pode limitar ou mesmo impedir o desenvolvimento das plantas — a não ser que o dono tenha paciência de, todos os dias, levar suas crias para um banho de sol.

Antes de escolher o local da planta, entenda o tipo de iluminação necessária de cada espécie Imagem: Westend61/Getty Images/Westend61

Outro ponto é que a vegetação aérea não deve atrapalhar a circulação ou atividades principais do ambiente. Em escritórios ou cozinhas, precisam ficar acima da altura da cabeça dos usuários, estejam sentados ou em pé.

Em salas, não se recomenda que sejam mantidas sobre a TV e outros equipamentos, por exemplo.

Desde que fiquem longe dos eletroeletrônicos, as plantas podem ser apoiadas nas partes mais altas das estantes, prateleiras ou mesmo em nichos presos às divisórias de ambientes.

Igualmente ficam bem em cordas ou correntes no teto, ganchos de parede ou pergolados. Outra opção envolve os jardins verticais, alternativa que rende um bonito visual.

Dica de Nossa

Planta em cima da TV? Evite!

As plantas suspensas podem dar um ótimo tom leve e preencher algumas paredes no nosso campo de visão, mas evite deixá-la diretamente sobre a TV. O calor do aparelho -- de outros eletrônicos -- pode ser prejudicial para as folhas.

Cuidados necessários

Para a instalação, é preciso observar se as folhas não estão muito encostadas nas superfícies ou voltadas apenas para a frente (como em nichos de estantes), o que limita o desenvolvimento para todos os lados e, por consequência, a vida das plantinhas. O ideal é que estejam livres, ou seja, penduradas, com espaço suficiente para crescerem para cima, abaixo e os lados.

Em relação às regas, o correto seria molhar cada planta no tanque de lavar roupa, com água alcançando solo e folhas, sempre deixando escorrer antes de voltar para o local em que foi colocada.

Na impossibilidade, é preciso que a vegetação tenha um prato de drenagem para conter a água da rega e não estragar os móveis ou molhar o chão - nos jardins verticais, os blocos precisam ter furos para essa finalidade.

Mulher rega plantas suspensas Imagem: Lucy Lambriex/Getty Images

Melhores opções para pendurar

Observadas as condições de cada cômodo e espaço, boas alternativas de plantas aéreas são:

  • Samambaia: no topo das queridinhas entre as opções suspensas, é prática de ser cuidada, dura muitos anos. Só precisa ficar perto da janela, recebendo luz indireta. As regas devem ser frequentes para manter a umidade, mas sem encharcar o solo - isso pode apodrecer as raízes. Em dias mais quentes, vale borrifar água nas folhas.
  • Dinheiro-em-penca: com folhas mais "densas", pode variar de cor, indo do verde escuro ao roxo. Rende um efeito muito bonito, ao cair pelas bordas de vasos. Esta planta gosta de solo fértil, bem drenado, além de regas frequentes.
  • Hera inglesa: suas folhas têm formato característico, com três pontas, mesclando tons entre branco e verde. Fica bem em treliças (como trepadeiras) ou vasos, com folhas pendentes. Precisa de solo fértil, drenado e regas frequentes (três vezes por semana). Cresce rápido e pede sol pleno ou meia-sombra.
  • Chifre-de-veado: é uma planta que, geralmente, cresce apoiada em árvores, com folhas ramificadas que podem atingir 1 metro de comprimento. Mas também pode ser fixada em um tronco de madeira, até desenvolver raízes e, depois, pendurada em paredes. Pede sombra e umidade.
  • Jiboia: quase onipresente nas casas dos fãs de plantas, cria uma cascata com suas folhas verde e branca. Desenvolve-se bem longe no sol direto e pede regas regulares.
  • Rhipsalis: na verdade, é uma suculenta, também chamada de cacto-macarrão. Suas folhas são tubulares, que ganham flores minúsculas de pétalas translúcidas em certas épocas do ano. Vive bem à meia-sombra.
  • Peperômia: cresce rapidamente e oferece folhagem pendente, brincando com as cores verde e branco. Regá-la três vezes por semana já basta. A planta com folhas que lembram coração não precisa, necessariamente, de luz direta - meia-luz já é o suficiente.
Chifre de Veado, a platycerium bifurcatum, que fica muito bem em arranjos suspensos Imagem: Ika Rakhmawati Hilal/Getty Images

Para quem gosta de flores

  • Brinco-de-princesa: em vasos, deixam pendentes as belas flores que mesclam rosa e roxo e lembram o formato de sinos. Para ela, o sol indireto é ok (gosta de temperaturas frias e amenas), assim como a rega moderada (duas vezes por semana).
  • Flor de maio: esta espécie de cacto, com estrutura curvada e sem espinhos, ganha tons rosados uma vez por ano, rendendo um visual incrível. Pede solo fértil e drenado.
  • Columeia peixinho: é quase toda formada por folhagens, mas traz delicadas florzinhas amarelas e alaranjadas na ponta. Desenvolve-se bem à meia-sombra.
Fontes: paisagistas Mônica Costa, Priscila Tressino (PB Arquitetura), Renata Guastelli e Ricardo Pessuto.

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