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Argentina avalia exigir passaporte sanitário para entrada de estrangeiros

Está em análise a necessidade de criação de um passaporte sanitário regional para os países do Mercosul Imagem: Getty Images

Luciana Taddeo

Colaboração para Nossa, de Buenos Aires

11/06/2021 16h26

O governo de Alberto Fernández considera exigir um passaporte sanitário para comprovar a imunização contra a covid-19 para turistas entrarem no país quando as fronteiras reabrirem. Segundo o secretário executivo do Instituto de Promoção Turística da Argentina (Inprotur), Ricardo Sosa, o país está observando o modelo da União Europeia, que adotará, em julho, um certificado digital sanitário, que permitirá que viajantes não cumpram quarentena.

"É uma primeira aproximação para a análise do que pretendemos, para um futuro próximo, dentro da República Argentina. Seria uma espécie de passaporte sanitário", explicou Ricardo Sosa, em coletiva nesta sexta-feira (11). Na semana passada, o ministro do Turismo do país, Matías Lammens, abordou, em reunião com seus pares do Mercosul, a necessidade de analisar a criação de um passaporte sanitário regional.

Ainda não há previsão para a reabertura das fronteiras da Argentina, que atravessa a segunda onda de covid-19 e, em maio, atingiu recordes de casos e mortes pela doença. Mas segundo o secretário executivo do Inprotur, a expectativa é que, em dois ou três meses, as fronteiras possam ser reabertas. "Não sabemos especificamente a data, mas sim que será dentro de pouco tempo", disse, explicando que a prioridade atual é diminuir a quantidade de contágios.

A Argentina vacinou até agora 12,5 milhões de habitantes com a primeira dose, o equivalente a 28% da população, e segundo Ricardo Sosa, a previsão é que o índice chegue a 35 a 40% até o fim de junho. "Este progresso do plano de vacinação está nos dando a possibilidade de em um futuro próximo poder falar de uma abertura de fronteiras", explicou.

Os brasileiros são o principal fluxo turístico na capital, Buenos Aires Imagem: Getty Images

Mas para ele, após a segunda onda, é importante haver reciprocidade de medidas entre os países para o ingresso e egresso de turistas. "No caso específico do Brasil, do Paraguai e outros países, o diálogo diplomático institucional que os países devem manter deve ser concreto, constante, e gerar esse compromisso desses passaportes sanitários", disse, complementando: "Certamente em um futuro próximo as pessoas vacinadas serão as primeiras que poderão ingressar nos países", explicou.

O Brasil é o principal emissor de turistas para a Argentina, com 1,5 milhão de viajantes anuais, seguido pelo Chile, que envia ao país 1,1 milhão de visitantes a cada ano.

No final de outubro do ano passado, o governo Fernández reabriu as fronteiras do território argentino, que estavam fechadas desde março, para turistas vindos de países vizinhos, entre eles o Brasil. Mas devido ao aumento de casos de Covid-19 no fim do ano, a Argentina voltou a vetar a entrada de estrangeiros não residentes e, em março, diminuiu a quantidade de voos do Brasil e de outros lugares com circulação de mutações do coronavírus.

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