Passageira com coronavírus contamina 15 pessoas em avião e abre alerta
De Nossa
21/09/2020 12h09
Um estudo realizado pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), nos Estados Unidos, mostrou que o avião não é o lugar mais seguro durante a pandemia do coronavírus.
Na pesquisa, uma das primeiras a analisar os perigos da transmissão do covid-19 em voos, uma passageira com covid-19 infectou 15 outras durante um voo longo de Londres para o Vietnã no início do mês de março.
Para chegar a esse resultado, os cientistas estudaram o caso de uma mulher de 27 anos que viajou na classe executiva do avião. Ela começou a ter os primeiros sintomas da doença no dia 29 de fevereiro, como dor de garganta e tosse.
Ela desenvolveu febre, fadiga e falta de ar na chegada, e foi diagnosticada com COVID-19 cinco dias depois.
Antes disso, no dia 1º de março, ela realizou a viagem, e permaneceu sintomática durante as 10 horas do voo. A mulher era a única pessoa sintomática no avião e infectou 12 passageiros da classe executiva, 2 da classe econômica e 1 comissário de bordo.
Com as análises concluídas, os estudiosos chamaram a atenção para os riscos de novas ondas de contágios no momento em que parte dos países começa a levantar restrições de movimentação.
"O risco de transmissão a bordo em voos longos é real e tem o potencial de causar clusters de tamanho substancial, mesmo em ambientes como a classe executiva, que tem assentos espaçosos e acima da distância usada para evitar o contato", diz o estudo.
A rota de transmissão mais provável durante o voo é a transmissão por aerossol ou gotículas, descobriram os pesquisadores, principalmente para pessoas sentadas na classe executiva.
O contato com a mulher infectada também pode ter ocorrido fora do avião, no aeroporto, em particular entre os passageiros da classe executiva na sala de espera antes do embarque ou durante o embarque.