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Emotiva salva de palmas marca começo do adeus a Maradona na Argentina

26/11/2020 12h46

Buenos Aires, 25 nov (EFE).- Uma salva de palmas em toda a Argentina, que incluiu buzinaços e gritos de agradecimento, marcou uma emotiva despedida do país aoícone Diego Maradona, que morreu nesta quarta-feira aos 60 anos.

A iniciativa, que teve origem nas redes sociais, foi o primeiro adeus em larga escala dos argentinos a seu maior ídolo no futebol, antecedendo as cerimônias fúnebres com a presença da família e de amigos do eterno craque, que incluirá nesta quinta o velório na Casa Rosada, sede do governo.

Os aplausos e gritos tanto em Buenos Aires como em diversas cidades do país foram acompanhados por cânticos e pelo acionamento de refletores nos estádios às 22h.

No estádio Argentinos Juniors, cujo nome é Diego Armando Maradona, houve muitas altares improvisados ao longo do dia do lado de fora, e muitas pessoas compareceram para prestar homenagens.

Os dirigentes do clube onde Maradona foi revelado decidiram abrir os portões e deixar os torcedores entrarem para cantar durante dez minutos em homenagem ao craque.

"Diego não morreu, Diego não morreu, Diego vive no povo" e "Maradona não vai, Maradona é do bairro La Paternal" foram alguns dos cânticos entoados pelos mais de 2.500 torcedores que ocuparam as instalações do estádio e soltaram fogos de artifício.

Em palco onde Maradona brilhou em Buenos Aires, o mítico La Bombonera, o camarote que era de Maradona e de onde ele costumava assistir a jogos do time do coração, o Boca Juniors, foi aceso, mas os refletores se mantiveram apagados, rendendo uma bela e emotiva imagem.

A federação argentina de futebol (AFA) determinou sete dias de luto pela morte de Maradona, que a partir desta quinta-feira será velado no Salão dos Patriotas Latino-americanos da Casa Rosada, que o governo do país colocou à disposição da família do ídolo.

O corpo de Maradona, após a autópsia realizada na cidade de San Fernando, na região da capital, foi levado à noite para uma sala de velório no bairro de La Paternal, em Buenos Aires.

Fontes da promotoria envolvida na apuração das causas da morte de Maradona disseram à Agência Efe que, segundo as análises preliminares, Maradona faleceu devido a um "edema agudo de pulmão secundário e insuficiência cardíaca crônica", combinados com "um coração com cardiomiopatia dilatada".