Campeonato Francês absolve Álvaro González e Neymar por falta de provas
Em comunicado, o Comitê Disciplinar da LFP justificou a decisão dizendo não haver "elementos de prova convincentes suficientes que permitam estabelecer a materialidade dos fatos das declarações de caráter discriminatório".
Durante a vitória do Olympique de Marselha sobre o Paris Saint-Germain por 1 a 0, no último dia 13, no estádio Parc des Princes, Neymar acertou um tapa em González e foi expulso. O atacante, que atua pela equipe parisiense, alegou ter sido chamado de "macaco filho da p..." pelo defensor espanhol, jogador do time visitante.
O camisa 10 da seleção brasileira cumpriu suspensão de duas partidas, desfalcando o PSG nas vitórias sobre Metz, por 1 a 0, e Nice, por 3 a 0, e retornou no último domingo, no triunfo sobre o Stade Reims por 2 a 0.
Os integrantes do comitê ouviram as versões dos dois atletas. Neymar manteve a denúncia, ao mesmo tempo em que negou ter emitido palavras homofóbicas contra Álvarez, que, por sua vez, voltou a dizer que não chamou o adversário de "mono" ("macaco" em espanhol), mas sim de "bobo".
Os dois escaparam de qualquer tipo de punição. Se condenados, poderiam ter sido suspensos por até dez partidas cada.
Ao mesmo tempo, o organismo de disciplina da LFP não se pronunciou sobre supostos insultos racistas do brasileiro ao lateral Hiroki Sakai, também do Olympique, a quem, segundo imagens difundidas na Espanha, o ex-jogador de Santos e Barcelona teria chamado de "chinês de m...".
O clássico do último dia 13 terminou com cinco jogadores expulsos. Além de Neymar, pelo PSG, receberam cartão vermelho o lateral Layvin Kurzama e o volante Leandro Paredes, que foram suspensos por seis e três partidas, respectivamente. Pelo Olympique, o lateral Jordan Amavi e o atacante Darpio Benedetto foram para o chuveiro mais cedo e receberam gancho, respectivamente, de três jogos e um jogo.
As punições não pararam por aí. A LFP analisou imagens do duelo e suspenderam o meia Ángel Di María, do time parisiense, por quatro partidas por ter cuspido em González.
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