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Comitê quer restringir circulação dos atletas olímpicos para evitar contágios

23/09/2020 16h47

Tóquio, 23 set (EFE).- A organização dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 planeja que os atletas participantes só poderão se deslocar entre seu alojamento e locais de treinamento e competição durante sua estadia no Japão, para evitar possível contágio da Covid-19.

O comitê organizador dos Jogos divulgou nesta quarta-feira sua proposta de protocolo de segurança sanitária para a chegada de atletas ao Japão e sua permanência durante a competição, que agora será discutida com o Comitê Olímpico Internacional (COI) e federações internacionais.

Os atletas não serão obrigados a observar o período de isolamento de 14 dias que atualmente é imposto a pessoas que chegam ao Japão de uma ampla lista de países estrangeiros, embora tenham que se submeter a testes constantes e terão seus movimentos limitados para evitar o contato com o público.

"Os atletas têm de ser protegidos e se entrarem em contato com o público, podem se infectar. Também temos de proteger os cidadãos de possíveis infecções", explicou o diretor-executivo do comitê organizador, Toshiro Muto, ao apresentar o plano durante entrevista coletiva.

O protocolo para os atletas e suas equipes técnicas exigirá que eles façam um teste para o novo coronavírus 72 horas antes de viajarem para o Japão e tenham um atestado médico com resultado negativo, ao qual será adicionada uma segunda análise na chegada ao território japonês.

Os atletas só poderão se deslocar entre o aeroporto, seus locais de acomodação (sedes das equipes olímpicas antes dos Jogos e a Vila Olímpica de Tóquio durante a competição) e as instalações esportivas.

Os anfitriões também planejam realizar testes adicionais nos atletas à chegada ao seu alojamento, durante sua estada e antes das competições, de acordo com as diretrizes de cada federação internacional, de acordo com o comitê organizador.

Os atletas viajarão entre as instalações em veículos especiais fornecidos pela organização, que também solicitará aos atletas que informem periodicamente seu estado de saúde e registrem sua localização a todo momento em um aplicativo para detectar possíveis rotas de infecção.

Todas estas medidas terão agora de ser acordadas com as federações e com o COI, segundo Muto, que também confiou em "poder contar com o apoio" dessas partes para poder encerrar o protocolo de segurança para os atletas até o final do ano.