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Em busca de nova final, Argentina encara desfalcado EUA na Copa América

20/06/2016 15h40

Houston (EUA.), 20 jun (EFE).- Com Lionel Messi em grande fase, a Argentina buscará nesta terça-feira se classificar para mais uma final de Copa América e enfrenta os Estados Unidos, anfitrião da edição centenário do torneio, que apostará em Clint Dempsey e no apoio da torcida que lotará NRG Stadium, em Houston, para avançar.

As duas equipes fazem a primeira das semifinais do torneio visando grande decisão, na qual enfrentarão o vencedor do duelo entre Colômbia e Chile, que será disputada no domingo, no Metlife Stadium, em Nova Jersey.

Para a 'Albiceleste', é praticamente uma obrigação voltar à decisão e encerrar o jejum de 23 anos sem títulos: a última conquista foi exatamente uma Copa América, em 1993. Para os EUA, por sua vez, o fato de ter chegado à semifinal já é um sinônimo de sucesso, mas bater Messi e a toda-poderosa atual vice-campeã mundial seria um sonho do qual a seleção americana não pode abrir mão.

Cada equipe vem para o jogo com alguns contratempos. A Argentina reclama especialmente do pouco tempo de descanso, já que disputou as quartas de final em Boston, do outro lado do país, no sábado à noite, e entrará em campo mais uma vez amanhã.

Já o técnico Jürgen Klismann pode preparar sua equipe com calma para a partida - teve dois dias a mais que os adversários -, mas terá que lidar com a ausência de três titulares, todos suspensos - Bobby Wood, Alejandro Bedoya e Jermaine Jones.

Em caso de vitória, será a terceira final consecutiva de Messi e seus companheiros. A Argentina chegou às decisões da Copa do Mundo de 2014, no Brasil, e foi derrotada pela Alemanha. Em 2015, decidiu a própria Copa América contra o Chile, mas perdeu nos pênaltis.

A goleada sobre a Venezuela nas quartas de final, por 4 a 1, apesar da fragilidade do adversário, empolgou a torcida, especialmente pelas excelentes atuações de Messi.

O astro do Barcelona mostrou que superou os problemas lombares que o impediram de jogar normalmente a fase de grupos. Contra a Venezuela, o atacante se tornou no maior artilheiro da história da Argentina, ao lado de Gabriel Batistuta, com 54 gols. E poderá se isolar no ranking caso volte a marcar contra os EUA.

O técnico da Argentina, Gerardo Martino, terá apenas um problema para a partida: Nicolás Gaitán, suspenso, está fora do jogo. Erik Lamela e Ezequiel Lavezzi lutam para ocupar a vaga nos titulares. O meia do Tottenham tem vantagem na disputa por ter sido o primeiro a entrar em campo nos últimos jogos e ter marcado um dos gols do triunfo sobre a Venezuela nas quartas de final.

Gaitán era exatamente o substituto de Ángel Di María, que se lesionou na goleada sobre o Panamá, por 5 a 0, na segunda rodada da competição continental. O meia do Paris Saint-Germain segue no grupo e espera estar recuperado até a grande decisão de domingo.

Na equipe dos EUA, Klinsmann teve cinco dias para tentar resolver o quebra-cabeça em que se transformou a tarefa de escalar sua equipe titular. A ausência de Wood, Bedoya e Jones tem tirado o sono do ex-jogador alemão, deixando o time fragilizado para o duelo.

Para os lugares de Bedoya e Jones no meio-campo, Klismann deve escalar Kyle Beckerman e Michael Orozco. Já Gyasi Zardes terá a responsabilidade de substituir Wood no ataque americano.

Dempsey, artilheiro da equipe no torneio com três gols e autor do gol que garantiu a vitória sobre o Equador, por 2 a 1, nas quartas de final, terá que assumir um papel ainda maior no time para conseguir a façanha de classificar os EUA para a final.



Prováveis escalações:

EUA: Guzan; Besler, Cameron, Brooks e Fabian Johnson; Bradley, Orozco, Zusi, Beckerman e Dempsey; Zardes. Técnico: Jürgen Klismann.

Argentina: Romero; Mercado, Otamendi, Funes Mori e Rojo; Fernández, Mascherano e Banega; Messi, Higuaín e Lamela. Técnico: Gerardo Martino.

Árbitro: Enrique Cáceres (Paraguai), auxiliado pelos compatriotas Eduardo Cardozo e Milciades Saldivar.

Estádio: NRG Stadium, em Houston (EUA).