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Liga francesa cobra posição da Uefa sobre fair play financeiro do PSG

31/10/2017 17h19

Paris, 31 Out 2017 (AFP) - A Liga de Futebol Profissional Francesa (LFP) pediu para a Uefa se pronunciar o mais rapidamente possível sobre a conformidade do fair-play financeiro do Paris Saint-Germain, nesta terça-feira, um dia depois de mais um ataque da Liga espanhola contra o time da cidade luz.

"Me permito atrair sua atenção sobre o dossiê do PSG, em que é importante que a Uefa se pronuncie o mais rápido possível" indicou Nathalie Boy de la Tour, presidenta da LFP, em carta enviada para o presidente da Uefa, Aleksander Ceferin. A AFP teve acesso a uma cópia da mensagem.

"Peço que se comuniquem com o PSG e ofereçam conclusões rapidamente. O esclarecimento será uma fonte de estabilidade para todos os atores do futebol europeu", acrescentou a presidenta, fazendo referência à investigação aberta pela Uefa contra o PSG. A entidade estuda os valores gastos nas contratações de Neymar (222 milhões de euros) e Kylian Mbappé (180).

A carta também é uma resposta ao presidente da Liga espanhola (LFP), Javier Tebas, que voltou pedir punições ao clube francês e acusar o PSG de "fazer esquemas".

"As intervenções de Tebas são inaceitáveis. Outra vez Tebas indica o PSG e pede punições que não são de sua responsabilidade e cabem exclusivamente à Uefa e ao futebol profissional francês", acrescentou De la Tour sobre as informações publicadas no jornal L'Equipe na segunda-feira.

Ainda nesta terça, o presidente da Federação Francesa de Futebol (FFF) Noel de Graet pediu para Javier Tebas demonstrar mais respeito com outras ligas.

"Estava ontem na Alemanha, onde tinha uma reunião com a Uefa, vi o presidente da LFP e pedi que ele se acalmasse. Isso se tornou praticamente uma difamação", indicou Graet.

"Gostaria que este senhor, que ainda não é muito conhecido no futebol e que é popular por suas declarações chamativas, se mostrasse mais respeitoso às outras ligas e com sua própria liga", acrescentou.

"Existe uma investigação aberta pela Uefa e outra pela Fifa. Deixemos eles decidirem. Não estou certo que os que dão lições sejam os melhores neste tipo de coisa", concluiu o presidente da FFF.