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Isinbayeva solicitou repescagem para os Jogos do Rio-2016

30/06/2016 14h44

Moscou, 30 Jun 2016 (AFP) - A lenda viva do salto com vara Yelena Isinbayeva formalizou um pedido à Federação Internacional de Atletismo (IAAF) solicitando a autorização para participar dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, apesar da suspensão da Federação Russa (ARAF) por doping.

"Isinbayeva enviou seu pedido na quarta-feira", informou à AFP Alla Gluchtchenko, porta-voz da ARAF.

De acordo com a mesma fonte, o atual campeão mundial dos 110 m com barreiras, Sergey Shubenkov, também pediu para ser 'repescado', assim como a saltadora em distância Darya Klishina.

Em meio ao escândalo de doping generalizado e corrupção que atinge o atletismo russo, a IAAF confirmou no dia 17 de junho a suspensão do país de todas as competições internacionais.

A ARAF está suspensa desde novembro, após as revelações de um relatório independente da Agência Mundial Antidoping (Wada) acusar a Rússia de doping generalizado.

A IAAF, porém, abriu brecha para uma possível repescagem para atleta russos que "vivem fora do país" e podem comprovar "que estão sendo submetidos a outros sistemas de controle antidoping".

Yelena Isinbayeva, que nunca esteve envolvida em um caso de doping, estabeleceu a melhor marca do ano na semana passada, ao saltar 4,90 m no campeonato nacional da Rússia.

Bicampeã olímpica nos Jogos de Atenas-2004 e Pequim-2008, a 'Czarina' também conquistou o bronze em Londres-2012.

Depois de conquistar seu terceiro título mundial em casa, em Moscou-2013, a atleta, hoje com 34 anos, fez uma pausa na carreira para ser mãe, com o objetivo de voltar para buscar o tricampeonato olímpico no Rio em 2016.

Na semana passada, o ministro dos Esportes da Rússia, Vitali Mutko, anunciou que 67 atletas russos pretendem pedir à IAAF para serem repescados para disputar os Jogos.

"Será um grande fracasso para mim se toda a equipe russa do atletismo for afastada", reconheceu Mutko.

"Se isso acontecer, estou disposto a assumir minhas responsabilidades e renunciar", sentenciou, apesar de poucos atletas terem chances de ser repescados, devido aos critérios rigorosos estipulados pela IAAF.