Flávio Canto elogia judô brasileiro no Pan e projeta chances em Paris 2024

Medalhista de bronze nas Olimpíadas de Atenas-2004, o ex-judoca Flavio Canto analisou a participação do judô brasileiro nos Jogos Pan-Americanos de Santiago, e projetou Paris 2024.

Com alguns dos nossos principais atletas acabou que o ouro não veio porque tinham adversários fortes na categoria. Mas tivemos surpresas de uma geração que tá chegando. Precisamos ter essa renovação Flávio Canto

No tatame, o Time Brasil conquistou sete ouros, além de duas pratas e seis bronzes, alcançando a melhor campanha em Pan. O melhor desempenho brasileiro na modalidade havia sido em Guadalajara-2011, quando o país levou seis ouros, três pratas e quatro bronzes.

Flávio Canto falou sobre o torneio em participação no "Destino: Paris", programa diário no canal do UOL Esporte no YouTube durante os Jogos Pan-Americanos.

O ex-judoca foi bronze em Mar del Plata-1995, prata em Winnipeg-1999 e ouro em Santo Domingo-2003.

"Dia especial. Foi uma competição com algumas surpresas, mas o Pan é o evento mais próximo de uma Olimpíada que eu participei. Mais até que o Mundial de judô, por todo esse entorno. É uma excelente experiência para quem pretende um dia estar na Olimpíada", disse.

"Acho que com alguns dos nossos principais atletas acabou que o ouro não veio porque tinham adversários fortes na categoria. Por exemplo, a Bia, que hoje, para mim, é a atleta com mais chances de medalha na próxima Olimpíada, e o Baby. Eram duas lutas que podiam ir para qualquer lado. Mas tivemos surpresas muito boas, de uma nova geração chegando. A Alexia Nascimento venceu, a Samanta Soares, o Michel Augusto ganhou em uma categoria que não ganhávamos há muito tempo. Tivemos surpresas de uma geração que tá chegando. Precisamos ter essa renovação", ressaltou.

Canto também falou sobre a caminhada do judô até as Olimpíadas do ano que vem, e fez algumas projeções.

"Se for pensar hoje, com o time que estamos, temos cinco boas chances de medalha, mas, no judô, aprendemos, pela história, temos a tradição de ter boas surpresas. Mas o que faz uma equipe forte em uma competição como os Jogos Olímpicos, precisa ter cinco a seis atletas com chances de medalha. E pode tirar 50%, 60% que é o que acontece em um padrão", afirmou.

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Ele apontou alguns nomes que podem trazer medalhas para o Brasil, como Daniel Cargnin, Guilherme Schmidt, Rafaela Silva, Bia Souza e Mayra.

"Para essa Olimpíada, temos categorias que estão muito bem. Se pegar o ranking, temos dois atletas em terceiro: o Cargnin e o Schmitt. No feminino, temos a Rafaela e Mayra em quinto, e a Bia em sétimo. Essas cinco categorias são as categorias que a gente tem mais chance na Olimpíada. Em todas elas a gente já teve resultados importantes, ou em Mundial, ou em Olimpíada, ou em Grand Slam. Então, todos eles já provaram que são capazes de subir, de ir a um pódio. Tirando dessas categorias, temos outras que podem surpreender. E normalmente alguma surpreende. Então, acho que se a gente pensar em três medalhas na próxima Olimpíada, vai ser um bom resultado. Se vier um pouco mais, é um ótimo resultado. E um pouco menos, é um resultado 'ok'.", apontou.

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