Medalhista olímpico, Alison Piu diz que altura de 2m o fez largar o judô

Campeão mundial e medalhista de bronze nas Olimpíadas do Japão, Alison "Piu" dos Santos contou em entrevista ao Destino: Paris que a altura de 2m o fez largar o judô, modalidade que praticou durante quase uma década, para apostar na corrida com barreiras.

Judô antes do atletismo: "Eu fiz judô por oito anos, eu parei o judô para passar para o atletismo. Com 2m de altura, eu ia estar apanhando muito".

'A barreira fica baixinha para mim': "A minha prova, pelas barreiras terem metros certos, não muda para ninguém, então você se encaixar entre as barreiras é o detalhe, é o que faz a diferença no resultado. A minha altura ajuda muito, fica mais solto na corrida, mais leve, parecendo que nem está fazendo força. Mas, ao mesmo tempo, para correr dessa maneira, as barreiras acabam ficando perto para mim. Então, minha altura ajuda e atrapalha em algumas situações, mas eu agradeço muito por ter essa altura, porque com 2m a barreira fica baixinha para mim".

'Sonho com o recorde mundial': "Em Tóquio, eu fiz 46s70, e agora estamos sonhando muito com o recorde mundial, que é 45s. A gente sabe que pode alcançar, corri 46s29 ano passado, então não estamos tão distante desse resultado, a gente pode alcançar. Está bem perto e preciso de tempo para me preparar, ficar saudável e competir de igual para igual".

Confira outros trechos da entrevista com Alison "Piu" dos Santos

Recuperação da cirurgia no joelho

"Estou bem, saudável, estou de volta, voltei aos treinos, consegui competir bem, tive bons resultados. Agora estou descansando e focando para a próxima temporada, mas saudável e consciente de que a gente pode fazer algo bem interessante ano que vem."

Avaliação da temporada

"Tive uma boa temporada, consegui aprender bastante com os resultados e as competições. No Mundial, não foi realmente o resultado que eu esperava, mas entreguei 100%, eu tentei e estou feliz com isso, com a mente tranquila e limpa, sabendo das coisas que eu passei esse ano e sabendo tudo que posso alcançar ano que vem. Com mais tempo, com calma, posso fazer melhor ainda."

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Sentimento pós-lesão

"Na hora que eu senti, estava fazendo um exercício bem tranquilo, não tinha nem começado o treino ainda, ia começar a aquecer e senti o joelho dar uma incomodada, não conseguia estender nem flexionar. Fiquei preocupado e falei 'não é normal isso', chamados a fisioterapeuta, ela deu uma olhada, não resolveu, chamamos o médico e ele falou 'não inchou, não deve ser nada sério', então pediu o imagem para ver o que estava acontecendo. Fiz o exame de imagem e, assim que saí do exame, a doutora falou que eu tinha que operar. Eu não estava esperando isso, estava achando que seria algo bem tranquilo, foi um belo de um baque, uma cirurgia, ir para tesoura, aí tinha que decidir que tipo de cirurgia ia fazer, como seria a recuperação, aquele momento ali foi um baque. Eu pensei, 'do nada estou indo para a maca de cirurgia, vão rasgar meu joelho', mas aconteceu, não tinha muito o que fazer, tinha que operar e seguir em frente."

Saúde mental

"Foi muito importante o apoio que eu tive nesse momento, tanto minha família como meus amigos, porque quando você está bem, é simples ter a cabeça no lugar, mas quando você está passando por uma dificuldade, tem que se manter otimista. Quando eu voltei a treinar, tinha dias que eu não conseguia fazer o treino, adaptar algumas coisas, isso para o atleta é frustrante, a gente sabe que fazer o resultado tem que treinar, se você não está conseguindo, se frustra bastante. Nesse momento, eu decidi me entregar 100% na pista, mas precisava entender o que era 100% do meu corpo neste momento, não dá para ficar se matando sem ser consciente, isso acaba sendo perigoso para a cabeça e o corpo também."

Videogame com os amigos

"Sou mais caseiro, da resenha com a rapaziada, jogar um videogame, comer alguma coisa, junto os amigos e fico conversando, trocando uma ideia, mas o que que mais fácil é jogar videogame, porque estou viajando muito e é um jeito de ficar mais próximos dos amigos, resenhar no fone, jogar um Fifa de vez em quando. Sair pra curtir o rolê não é muito meu negócio, não, é de vez em nunca. Descansar a cabeça entre períodos de treinos é muito importante."

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