Topo

FEI aprova novas medidas para controle antidoping de cavalos

Das agências internacionais

Em Copenhague (Dinamarca)

19/11/2009 17h33

Os membros da Federação Equestre Internacional (FEI) votaram nesta quinta-feira na aprovação de um novo programa antidoping para limpar o esporte após uma série de casos nas duas últimas edições dos Jogos Olímpicos, em que o resultado foi alterado devido a punições por substâncias proibidas encontradas no organismo dos cavalos.

Presidente da FEI, a princesa Haya da Jordânia descreveu o apoio como “um verdadeiro marco na história do esporte”. A dirigente encomendou a revisão após seis cavalos testarem positivos na Olimpíada de Pequim-2008. Ela conduzia uma campanha de modernização desde que foi eleita em 2006, dois anos depois de três medalhas de ouro serem trocadas de donos por envolver doping.

“Esta votação nos deu força e permite recuperar a imagem pública de nosso esporte como limpo e um produto incorrupto”, disse a princesa Haya em comunicado.

As federações nacionais votaram 90 a oito na assembleia em favor de medidas para punir equipes e cavaleiros com cavalos dopados. A FEI vai empregar uma unidade independente de investigação para garantir a segurança contra casos de doping nos principais eventos.

Também houve aprovação com 95 votos a cinco para alteração nas regras para o controle de uso de alguns medicamentos. Mais de 1.000 substâncias proibidas serão revisadas a cada ano. Os cavaleiros pediram por uma melhor orientação sobre o uso de substâncias proibidas em competições, mas que podem ser usadas em treinamentos.

O novo programa foi organizado para a análise de Arne Ljungqvist, vice-presidente da Agência Mundial Antidoping (Wada, em inglês) e o ex-chefe da polícia metropolitana de Londres, John Stevens. Ljungqvist afirmou que a FEI é vanguardista entre os esportes olímpicos para questões de doping.

“Eles sentiram que tinham um problema e não esconderam. A primeira maneira de resolver um problema é reconhecer que você o tem”, afirmou Ljungqvist em entrevista à agência Associated Press.

Ele lembrou que a FEI seguiu as diretrizes da Wada para que os cavaleiros sejam exigidos para enviarem informação sobre seus cavalos de forma semelhante ao que ocorre em outras modalidades como o ciclismo, com o passaporte biológico.

As regras aprovadas nesta quinta-feira passam a valer a partir de janeiro de 2010 e serão testadas nos Jogos Equestres Mundiais, que serão realizados entre 25 de setembro e 10 de outubro em Lexington, nos Estados Unidos.