Diego Aguirre demonstrou coragem nas mudanças feitas no São Paulo
O São Paulo não teve uma atuação brilhante no Morumbi, apesar de ter vencido o São Caetano, por 2 a 0. A classificação do Tricolor para as semifinais do Paulistão foi suada e saiu apenas nos minutos finais do confronto. Em seu segundo jogo pelo clube, o técnico Diego Aguirre demonstrou coragem para fazer as mudanças necessárias, algo que faltou na época de Dorival Júnior e foi determinante para a queda do antigo treinador.
No jogo de ida das quartas de final do estadual, no Anacleto Campanella, Aguirre errou ao cometer as mesmas falhas de seu antecessor na escalação, ao colocar Cueva, Diego Souza e Nenê juntos, o que resultou em um time lento e fácil de ser marcado. No duelo de volta, contudo, o uruguaio promoveu seis mudanças. Umas das mais importantes foi ter sacado o volante e capitão Petros e colocar o jovem Liziero, de apenas 20 anos. A troca surtiu o efeito esperado e o São Paulo teve mais velocidade no meio de campo, além de conseguir explorar os contra-ataques.
Embora seja um dos líderes do elenco, Petros não vinha bem nas últimas partidas e, por conta de seu posicionamento, sobrecarregava o trabalho de Jucilei na marcação. Com Liziero no time, a organização do meio de campo fluiu melhor do que antigamente e a equipe ainda ganhou uma nova arma: os chutes de fora da área.
No segundo tempo, quando a situação do São Paulo na partida criou a necessidade, Aguirre tirou um volante (o próprio Liziero) e colocou um meia-atacante (Diego Souza). Pode parecer um tanto quanto óbvia este tipo de alteração, principalmente quando o time precisa fazer gols para conseguir seus objetivos, mas com Dorival Júnior, os volantes eram praticamente intocáveis, independente da situação.
A coragem do uruguaio foi premiada e, justamente da cabeça de Diego Souza que, aos 39 minutos do segundo tempo, saiu o gol que classificou o Tricolor para a fase semifinal do Campeonato Paulista.
Méritos do camisa 9, que se posicionou bem dentro da área para concluir a jogada e mandar a bola para o fundo da rede. Entretanto, é também preciso parabenizar o treinador são-paulino, que teve coragem de mandar a equipe ao ataque, embora isso pudesse resultar negativamente no sistema defensivo, que perdeu uma peça.
Ainda é muito cedo para avaliar o trabalho de Aguirre no São Paulo, visto que ele comandou a equipe em duas partidas e teve tempo para fazer apenas três treinos no CT da Barra Funda. O treinador chegou ao clube dizendo que esperava determinação, coragem e competitividade de seus atletas. Na partida contra o São Caetano, na última terça, o uruguaio deu o exemplo ao arriscar nas substituições. Como prêmio, saiu vitorioso. Aguardemos o restante da temporada tricolor.
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