'Como nossos pais': Corinthians goleia a Ponte e fica mais próximo do título
Um refrão de Belchior, ilustre cantor e compositor brasileiro morto neste domingo (e, curiosamente, simpatizante da Ponte Preta), define o duelo em preto e branco que inaugurou as finais do Campeonato Paulista neste domingo, no estádio Moisés Lucarelli: "Apesar de termos feito tudo o que fizemos, ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais". Passados 40 anos da história conquista com gol de Basílio, o Timão destilou superioridade para cima da Macaca e goleou por 3 a 0 o primeiro jogo das finais do Estadual.
Diferentemente dos jogos contra Santos e Palmeiras, a Ponte Preta começou neste domingo "como o diabo gosta". Ou seja, sem fazer pressão no campo de defesa adversário. A maior prova disso foram as chances que o Corinthians acumulou jogando com o "coração selvagem", mesmo na casa do adversário. Aos dois minutos, não fosse uma antecipação de Yago, Romero poderia ter feito o primeiro gol. Pouco depois, Aranha ainda defendeu um chute de Jô. Só que é aquela coisa... "uma nova mudança em breve vai acontecer".
Aos 13 minutos, Jô tocou para Romero, que devolveu o passe. De primeira, o camisa 7 serviu Rodriguinho dentro da área, em linda trama ofensiva. Decisivo em partidas importantes, o número 26 do Corinthians apareceu livre, tirou de Aranha e marcou o primeiro gol do Corinthians. Rodriguinho, de novo em mata-mata, já que os "ídolos ainda são os mesmos".
Parecia até "alucinação", mas a Ponte Preta terminou o primeiro tempo sem dar trabalho quase nenhum a Cássio. Mesmo jogando em casa! O gol do Corinthians fez a Macaca precisar propor o jogo para desequilibrar a defesa do time que estava em vantagem. "Sem parentes importantes", ou alguém que assumisse a bronca para resolver, a Macaca trocou duas peças logo no intervalo, viu sua torcida "voltar" ao jogo e tentou se aventurar no segundo tempo. "Like a rolling stone".
"Na parede da memória, essa lembrança é o quadro", e o fantasma de 1977 parece ainda não ter dissipado de Campinas. Aos 13 minutos do segundo tempo, Rodriguinho deu bela arrancada, ficou em pé mesmo com a falta, tirou a marcação e serviu Jadson, que bateu de primeira, sem chances de defesa para Aranha. "No presente a mente, o corpo é diferente". Ou não.
Depois do segundo gol, o jogo virou uma pelada. A Ponte, improdutiva. O Corinthians, calmo, com "dedo em V, cabelo ao vento, amor e flor". A tal tranquilidade entrou em contraste definitivo com a inoperância da Ponte aos 34: Fagner bateu lateral para Jô, mas a bola ficou solta na área e Rodriguinho é quem desviou de cabeça. "O novo sempre vem".
FICHA TÉCNICA
PONTE PRETA 0 X 3 CORINTHIANS
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Local: estádio Moisés Lucarelli, Campinas (SP)
Data-Hora: 30/4/2017 - 16h (de Brasília)
Árbitro: Raphael Claus
Assistentes: Alex Ang Ribeiro e Luiz Alberto Andrini Nogueira
Público/renda: 16.048 pagantes, 17.322 torcedores / R$ 655.220,00
Cartões amarelos: Renato Cajá (PON), Rodriguinho e Gabriel (COR)
Cartões vermelhos: -
Gols: Rodriguinho 14' 1ºT (0-1); Jadson 13' 2ºT (0-2); Rodriguinho 34' 2ºT (0-3)
PONTE PRETA: Aranha; Nino Paraíba, Yago (Kadu - 14' 2ºT), Fábio Ferreira e Reynaldo (Artur - intervalo), Fernando Bob, Elton e Jadson (Renato Cajá - intervalo); Clayson, Lucca e William Pottker. Técnico: Gilson Kleina
CORINTHIANS: Cássio; Fagner, Balbuena, Pablo e Guilherme Arana; Gabriel (Paulo Roberto 16' 2ºT) e Maycon (Camacho 36' 2ºT); Jadson (Clayton 31' 2ºT), Rodriguinho e Romero; Jô. Técnico: Fabio Carille.
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