Marco Aurélio não garante Ricardo Gomes para 2017 no São Paulo
A diretoria do São Paulo não banca Ricardo Gomes para a temporada 2017, embora o técnico não tenha tempo de contrato estipulado. Nesta terça-feira, o diretor-executivo Marco Aurélio Cunha disse que a situação será analisada com os resultados, ao ser perguntado sobre como Ricardo se encaixaria no planejamento para 2017.
- Vamos analisar, ver os resultados. O futebol é dinâmico, temos de analisar rodada a rodada. No planejamento para o ano que vem, ele será inserido como todos num planejamento normal, se as coisas forem normais - afirmou Marco.
Na sequência, Marco foi perguntado se, caso optassem pela saída de Ricardo, se o próximo treinador teria perfil muito diferente. Ele respondeu assim:
- Como vou responder algo que não esteja na minha cabeça? Não vou falar sobre hipóteses que eu não cogito. Temos de pensar em vencer, sair dessa situação, para o time melhorar.
Marco Aurélio também foi incitado a comparar a situação atual de Ricardo com a volta de Paulo Autuori em 2013. Naquela época, como agora, o São Paulo brigou contra a zona do rebaixamento. Agora, em nove jogos, Ricardo tem três vitórias, quatro derrotas e dois empates. Marco aproveitou para reforçar que Ricardo não tem nenhuma limitação por conta do AVC (Acidente Vasculhar Cerebral) sofrido em 2011.
- A vinda do Paulo em 2013 foi um momento difícil. Ricardo veio após dois treinadores nossos saírem para duas seleções importantes da América (Osorio, no México, e Bauza, na Argentina). Substituir é sempre uma questão difícil. Quem seria essa pessoa, se está em atividade. As circunstâncias precisam ser analisadas para você trazer um treinador. Toda troca é mais difícil para quem chega. Ele vai ter a dificuldade de aceitação, sempre vai ter, mas deixo claro que ele não tem nenhuma limitação a trabalhar, coisa que as pessoas preconceituosas às vezes veem. Ele tem um estudo, um preparo e uma ambientação com os jogadores excelentes - analisou.
O dirigente também falou da situação do São Paulo no Brasileiro e voltou a se afastar da zona do rebaixamento, embora admita que existe preocupação.
- A situação é incômoda. Mas continuo dizendo, não estamos na zona de rebaixamento, estamos em 12º, isso não quer dizer que tenha conformismo com isso. Eu não ignoro a zona, mas sinceramente não me sinto incluído nela - disse.
O diretor-executivo também falou de planejamento. Disse que houve uma reunião na última segunda-feira com o presidente Carlos Augusto de Barros e Silva e outros membros da diretoria para falar do assunto. Marco, no entanto, não sabe se fica para 2017, pois está de licença da CBF.
- Traçamos possibilidades. Evidentemente que vamos contar com muitos valores aqui, garotos que nos ajudarão. Temos uma base, e também estamos mirando para o ano que vem, o que é possível, dentro do orçamento nacional e internacional. Vamos buscar o que todos fazem, que é buscar um time melhor. Já temos a pré-temporada na Flórida e montar um time forte é a ideia - disse.
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