Empresa cobra R$ 7,5 milhões da CBF por comissão em contrato da Série A

Um percentual do contrato de naming rights do Brasileirão 2023 virou motivo para uma disputa na Justiça entre uma empresa de intermediação de patrocínios e a CBF. O valor em discussão é R$ 7,5 milhões.

O que aconteceu

A CBF virou alvo de um processo da SG Marketing e Comunicação, que alega ter direito a receber 15% do contrato com o Assaí Atacadista pelo patrocínio à Série A 2023.

O acordo de patrocínio firmado pela CBF com o Assaí foi de R$ 50 milhões pela edição do ano passado.

Como a SG afirma que participou da renovação, como fizera em anos anteriores, cobra a CBF os R$ 7,5 milhões, equivalentes a 15% da operação.

O processo tramita na Justiça do Rio. A CBF não foi notificada ainda. Questionada pelo UOL, não se manifestou oficialmente.

Como esse caso apareceu

O empresário Sérgio Gomes é proprietário da empresa que cobra a CBF.

Ele tem trânsito na entidade desde os tempos de Marco Polo Del Nero, participando, por exemplo, da intermediação do contrato da Chevrolet, antigo title sponsor do Brasileirão.

Sérgio participou da negociação e participou da intermediação dos contratos para as temporadas 2020, 2021 e 2022 do Brasileirão.

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Nesses três anos, o patrocínio variou entre R$ 12 milhões e R$ 14 milhões, segundo ele informou à Justiça.

Mas como a CBF, já na gestão Ednaldo Rodrigues, apertou a negociação para 2023, exigiu os R$ 50 milhões para a propriedade.

A empresa intermediadora chegou a fazer parte dos contratos dos anos anteriores, na condição de interveniente. Mas para 2023, isso mudou. Não houve citação no contrato a respeito da intermediação.

Na ponta da CBF, o UOL apurou o desejo do presidente Ednaldo Rodrigues de excluir intermediários nas negociações de patrocinadores. Não só do Brasileirão.

Por princípio, a entidade via que poderia reter mais receitas se deixasse de lado os intermediadores e negociasse diretamente com as empresas.

A SG mandou notificações extrajudiciais à CBF, mas não conseguiu resposta. Aí, foi procurar a Justiça.

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E os naming rights do Brasileirão?

A CBF não deve renovar com o Assaí para 2024 e busca um novo acordo de naming rights. A Betano surgiu como interessada.

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