Flu x City no Mundial vira inspiração para Carille em remontagem do Santos

O técnico Fábio Carille, após vencer a Ponte por 3 a 1, na Vila Belmiro, pelo Paulistão, revelou se inspirar em Fluminense x City, no Mundial, para reconstruir o Santos para 2024.

Flu x City: "Tivemos agora uma final entre City e Fluminense e vimos o quanto os caras voltaram para marcar. Então estou tentando colocar isso na cabeça deles. Que com a bola todos jogam, sem, todos marcam."

Já tem um time titular? "Eu repeti e acredito em uma forma de jogar que pensamos pro Santos. Mas não tenho o time definido, é muito cedo. Importante ter sequência e trabalhar."

Giuliano é o novo cérebro do Santos? "Precisamos conhecer bem ele, os atletas têm que fazer essa bola chegar, porque ele enxerga diferente. O Cazares também. A bola tem que passar pelo pé desses jogadores

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Segunda vitória

Muito feliz por essa vitória. Sabemos o quanto é difícil esse início. A resposta está sendo boa. Foi acima do esperado após o segundo gol, o volume, mesmo diante do gramado pesado. Depois acho que realmente faltou a parte física, mas é normal. Acostuma. Aos poucos vamos crescendo, até chegar a um ponto que todos vão fazer esse jogo por um bom tempo. Estou muito feliz.

Giuliano é o novo cérebro?

"Precisamos conhecer bem ele, os atletas têm que fazer essa bola chegar, porque ele enxerga diferente. O Cazares também. A bola tem que passar pelo pé desses jogadores. Eu espero isso. É frio pra fazer o gol, vai dar um toque diferente. Já estou muito feliz com esse início e com o crescimento da equipe, creio que ele vai crescer ainda mais também.

Laterais

"Aderlan já vinha fazendo essa função no Bragantino, jogando mais por dentro. Passando pouco e sendo mais criador. O Felipe também, com aquele pezinho esquerdo, tem muita qualidade. Estamos dando liberdade para que os jogadores encontrem espaços desde que tenha amplitude. Às vezes pode ser com o lateral, volante. Esses últimos dias não conseguimos treinar como gostaríamos por conta das chuvas. Mas é um grupo de qualidade e vou deixá-los à vontade pra essa movimentação."

João Paulo no Inter?

"Não tenho essa informação. João continua. Precisa chegar mais um goleiro. Estamos olhando. O presidente falou de mais jogadores. Está dando brecha pra mim, vou pedir mais uns quatro ou cinco (risos). O grupo já é forte. A janela está aberta, daqui a pouco pode chegar algo que nos acrescente ainda mais."

Rincón + Schimidt + Pituca

"Pode jogar, sim. São três jogadores com qualidade, com passe pra frente. Podem jogar juntos, mas ainda não consegui trabalhar isso. Quero ver dois meias juntos. Cazares... Giuliano ou Nonato juntos. Vai ter que ser durante a competição porque não tivemos tempo na pré-temporada. Acompanhei bem o Schmidt entrando bem na área, Pituca já conhecemos, né? Rincón também chegando com muita força e técnica."

Bola aérea e saída de bola

"Treinamos isso ontem, mesmo com o campo muito alagado. Não deu certo no treino por conta do campo e trouxemos pro jogo. Com o Aderlan, fizemos no primeiro tempo uma jogada de escanteio, a bola ficou presa por conta da água. Mas a gente tentou e fizeram o que a gente trabalhou."

Falta de zagueiros

"Não me preocupa (a falta de zagueiros). Isso foi bem pensado em cima dos jogadores que temos na base. Subiu o Samuel e tem mais um que estamos de olho. Vamos olhar esses meninos, o Santos sempre revelou e eu gosto de trabalhar com garotos. Jogadores que precisam jogar, como Luiz Felipe, que fez uma série B muito boa. Se precisar lá na frente, a gente busca. Mas acredito muito nesses meninos."

Repetiu o time - rodagem de elenco?

"Eu repeti e acredito em uma forma de jogar que pensamos pro Santos. Mas não tenho o time definido, é muito cedo. Importante ter sequência e trabalhar. Deixamos o grupo todo sabendo o que queremos da parte defensiva e ofensiva. Posso, na mesma formação, com características diferentes, ter outra ideia de jogo. Posso jogar com o Bigode atrás do Furch ou Morelos. Ideia muito definida na forma de jogar, mas mudando de acordo com as características."

Vila Belmiro

"Temos que voltar a fazer da Vila um Alçapão. Jogar aqui é difícil quando está organizado e a torcida vem junto. Sei o quanto pesou a torcida quando buscamos aquela retomada em 2021. Primeiro pensando no Paulista, depois sobre a nossa volta para o Brasileiro."

Pontas eficientes?

"Acho que no primeiro tempo a gente produziu. Pedrinho incomodou, chegou na área, chutou ao gol. O Guilherme já não conseguiu desenvolver tanto pelo lado, a bola prendendo. E assim, é um DNA que estamos criando aqui, que com a bola todos vão jogar e sem a bola todos vão marcar. Tivemos agora uma final entre City e Fluminense e a gente viu o quanto os caras voltaram para marcar lá. Não tem mais espaço para não participar sem a bola, é o que estou desenvolvendo, então estou tentando colocar isso na cabeça deles. Que com a bola todos jogam, sem, todos marcam."

Principal diferença de 2021

"Chego para o Brasileiro de 2021, no segundo turno. O paulista de 22 foi terrível. A preparação foi com 18 jogadores que pegaram covid e precisaram se afastar por 10 dias. Quando fui mandado embora eu ainda estava classificado na zona do Paulista. Os três anos do Santos foram muito pesados. Desde a decisão contra o Palmeiras, os jogadores viveram e foram marcados. Agora se encontram com um novo grupo, de cabeça erguida. Que sabem onde está. Tenho certeza que vão nos ajudar."

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