Cavani sobre final com Boca: "É o jogo mais importante da minha carreira"

O currículo de Cavani no futebol inclui quatro Copas do Mundo, grandes clubes europeus como PSG e Manchester United, um título de Copa América. Mas, aos 36 anos, o centroavante uruguaio do Boca Juniors acredita que a final da Libertadores contra o Fluminense é o confronto mais relevante da sua carreira.

É uma declaração surpreendente visto que ele está no time argentino apenas desde julho deste ano. Explica-se pela conexão formada entre o jogador (e sua família) com o clube.

"Todo o passado que vivi na carreira, não penso tanto para atrás. Penso no que há para jogar. É a partida da minha vida por tudo que implica jogar. Por onde vamos jogar. Pelo momento de minha carreira. São muitos condimentos. Esse partida é a mais importante", disse o jogador.

Às vésperas da decisão, a entrevista de Cavani tornou-se praticamente um exercício de revisão de sua longa carreira. Ficou pensativo quando um repórter lhe perguntou sobre se mudaria algo em sua carreira

"Bastante rebuscada a pergunta. Houve um caminho muito grande até chegar aqui. Mudaria muito, menos a Copa América do Uruguai", disse, lembrando da conquista de 2011.

Percebe-se em Cavani a necessidade de refletir a cada vez que lhe é questionado, como se procurasse as palavras exatas para exprimir um sentimento. Pediu que um jornalista lhe perguntasse sobre o que representa ganhar um título importante para um uruguaio no Maracanã depois do jogo, tentando quase tatear a sensação do que foi 1950.

Por enquanto, só fala em desfrutar jogar em um estádio que está no imaginário de todos os jogadores, na sua visão.

Pragmático, no entanto, reconhece que o sonho é possível que se transforme em um jogo feio, típico de finais. Por que nessas partidas se "especula" muito e por isso perdem a beleza.

As emoções se sobrepõe a beleza em sua passagem até aqui no Boca. Houve partidas seguidas sem gol, uma má fase, que é pesada em um clube dele tamanho. Seu gol diante do Palmeiras, no entanto, ajudou a levar o time à final. Para além dos grandes palcos europeus, sua família se envolveu com o clube argentino.

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"Nós vivemos no trabalho, vivemos para o futebol. Nosso núcleo consome toda essa energia. Quando chega a viver, é algo que te brotam. Por isso (seus filhos) cantam e vão aos estádios e desfrutam. Eu penso sobre viver nesse clube. Muitas emoções boas, e outras, parece que estou há muito tempo aqui. Assim é o mundo Boca", diz ele, assim lhe contaram os torcedores que o abordam.

Talvez esse se sentir há tento tempo no Boca explique porque a experiência nos grandes palcos europeus (e na Copa) fique para trás na comparação de Cavani em relação à Libertadores.

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