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OPINIÃO

Daniel Alves já foi eleito o vilão da seleção na Copa? Colunistas opinam

Colaboração para o UOL

16/11/2022 20h36Atualizada em 16/11/2022 22h50

Classificação e Jogos

Nome mais contestado entre os convocados do Brasil para a Copa do Mundo do Qatar, Daniel Alves gerou polêmica ao dar um carrinho por trás em Pedro durante treino da seleção brasileira. Apesar de considerado um lance normal pelo atacante do Flamengo e pela comissão técnica da seleção brasileira, a imagem da entrada dura assustou os torcedores brasileiros e logo viralizou nas redes sociais.

No Esquenta da Copa, transmitido pelo UOL Esporte todos os dias desta semana às 19h, os jornalistas Vinicius Mesquita, José Trajano, Menon e Vitor Guedes debateram se Daniel Alves já foi escolhido como o provável vilão de uma possível eliminação do Brasil na Copa. Para Vitão, se entrar em campo o experiente lateral tem grandes chances de ser responsabilizado. Caso contrário, a culpa cairá sobre as escolhas de Tite.

"Ele será culpado se entrar em campo, se não entrar em campo a culpa vai para o Tite, como aconteceu em 2010 [com o Dunga]. Se não tiver jogador para entrar, vão criticar a convocação do Daniel Alves."

"A gente criticou o Tite pela convocação e pelo critério. A explicação do Fabio Mahseredjian [médico da seleção] foi mais absurda ainda, acho uma falta de respeito com qualquer jogador profissional. Eu não convocaria o Rodinei, acho fraco, mas ele joga, o Fagner joga futebol, o Marcos Rocha joga, o Dani Alves toca tantã no Barcelona B e não joga desde setembro, é uma aberração completa a convocação dele", opinou Vitão.

Na opinião de Menon, a chance de Daniel Alves jogar no Qatar é mínima, o que diminui a probabilidade de ele sair da Copa como vilão. Ele criticou ainda a falta de cobrança sobre o técnico Tite e seus comandados.

"Não tem vilão, o Fernandinho enterrou o Brasil na outra Copa e não foi vilão, no 7 a 1 sim, porque foi muito patético, mas hoje em dia parece que muitos colegas acham tudo normal, normal perder para a Bélgica. Parece que hoje as expetativas do torcedor e da imprensa em relação ao Brasil diminuíram."

"Primeiro acho que o Daniel Alves não joga, e o Brasil parece que está muito calmo, se cair nas quartas vão dizer que é normal, vão falar da ótima geração belga, que poderia ter ganhado ou perdido, não há mais aquele clima de cobrança", afirmou Menon.

Menon: Tite virou guru incriticável, quase um Deus

O técnico Tite se prepara par sua segunda Copa do Mundo no comando da seleção brasileira. Menon afirmou que o treinador teve um desempenho na Rússia pior do que seus antecessores, mas ainda assim recebeu uma segunda chance. "A seleção do Tite, em 2018, ficou pior colocada que a do Felipão, em 2014, e jogou menos bola que a seleção da Dunga, em 2010. Achei o trabalho do Tite horrível, eu nem teria nem continuado com ele."

"Ele virou uma coisa incriticável. Uma vez o Lugano falou que o Tite era um encantador de serpentes, e é mesmo, com aquele palavreado que ninguém entende. Capaz de o Brasil perder a Copa e o pessoal falar que o Philippe Coutinho, que era o homem da zona 14, não pôde ir para a Copa. O Tite pauta a imprensa, ele virou quase um guru, quase um Deus para a imprensa, principalmente a que cobre a Copa do Mundo", criticou Menon.

Trajano: Goleada e invencibilidade não tornam Argentina 'a favorita'

Em seu último amistoso antes da Copa, a Argentina goleou os Emirados Árabes Unidos por 5 a 0 e chegou à marca de 36 jogos seguidos sem derrotas. Na visão de Trajano, porém, a série invicta não entrará em campo no Qatar. Ele ainda alertou sobre o perigo do excesso de expectativa acerca de Messi e companhia.

"Você estar muito bem antes da Copa, como a Argentina, há 36 jogos sem perder, não quer dizer nada. Copa do Mundo é quem está bem durante aquele tempo da Copa. Se a Argentina, com todo esse prestígio adquirido, com a imprensa argentina endeusando esses jogos sem perder, se não ganhar a Copa ou for desclassificada de uma maneira cruel, o baque é muito maior", analisou.

Nike veta nomes religiosos em camisa da seleção; entenda a polêmica

Patrocinadora e fornecedora dos materiais esportivos da seleção brasileira, a Nike fez um acordo com o MPF (Ministério Público Federal) e vetou a customização de suas camisas oficiais com nomes religiosos. Os torcedores, porém, ainda podem customizar as camisas por si mesmos. Entenda a polêmica e o acordo entre a empresa e o MPF.

Menon: Brasil deveria fazer amistoso em vez de treino 'pegado'

A oito dias da estreia no Qatar, os treinos da seleção brasileira estão cada dia mais "pegados". Além do carrinho por trás de Daniel Alves em Pedro, Neymar também chegou mais forte em Alex Telles e deixou o lateral no chão reclamando de dores. Bruno Guimarães também deu um susto. O ambiente disputado na Itália levou a questão: não seria melhor realizar amistosos?

Para Menon, sim. "Eu acho que amistoso é melhor do que treino assim. Você pega mais ritmo de jogo, pode testar uma jogada ou outra e acho melhor do que esse tipo de treino que está pegado."

Trajano: treinos da seleção estão muito 'pegados'

Trajano também questionou a intensidade das entradas dos jogadores nos treinos da seleção. "Estava vendo o relato de quem está em Turim e eles disseram que o treino de hoje foi muito mais pegado que o de ontem, em que as entradas do Daniel Alves foram destaques. O que é mais pegado? Treino entre jogadores do Brasil ou organizar amistosos, como a Alemanha e a Argentina? Eu não sei. Só espero que não levem (as entradas) às últimas consequências."

Veja o Esquenta da Copa na íntegra