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Gaúcho - 2022

Federação confirma adiamento do Gre-Nal após pedrada em ônibus do Grêmio

Marinho Saldanha

Do UOL, em Porto Alegre

26/02/2022 20h07Atualizada em 26/02/2022 21h26

A Federação Gaúcha de Futebol confirmou o adiamento do clássico Gre-Nal que estava marcado para hoje (26), no Beira-Rio, pelo Campeonato Gaúcho.

A ação ocorreu após reunião com os presidentes dos clubes e é reflexo da pedrada que atingiu o ônibus da delegação do Grêmio, ferindo jogadores.

O caso mais grave envolveu Villasanti, que precisou ser encaminhado a um hospital, mas passa bem. Ainda houve outros atletas com ferimentos, que foram atendidos no vestiário do estádio do Inter.

A pedrada aconteceu entre a avenida Edvaldo Pereira Paiva e a rua lateral ao Beira-Rio. Tanto presidente do Inter quanto o do Grêmio concordaram em não disputar a partida.

No Twitter, a comunicação foi feita de adiamento, sem informar um prazo para a realização do confronto.

"Escrevemos uma página triste na história do futebol gaúcho. Eu falo como cidadão, desportista", disse o presidente da Federação Gaúcha de Futebol, Luciano Hocsman, em entrevista coletiva. "Precisávamos esperar o árbitro, a segurança, um período do regulamento. Mas conversamos com as direções, e tivemos retornos das empresas de televisionamento e optamos pelo adiamento do jogo", completou.

Ainda de acordo com o presidente, até segunda-feira uma nova data será informada, tomando cuidado para que ninguém saia prejudicado. Tal "desequilíbrio" preocupava o presidente do Inter, que após citar esta situação em sua primeira manifestação, explicou o posicionamento.

"Temos que deixar bem claro que a violência é muito mais grave. Temos que tomar esse cuidado, e tenho certeza que será tomado, para não termos um desequilíbrio. Não existe narrativa. A narrativa, que é uma palavra da moda hoje, é que duas pessoas já identificadas e presas, jogaram uma pedra no ônibus da delegação do Grêmio, e isso é condenável. O resto é avaliação e interpretação. Nós lamentamos, nos solidarizamos, e somos tanto vítimas como qualquer outro deste tipo de comportamento, que é inadmissível", explicou o presidente do Inter, Alessandro Barcellos.