Primeiro tempo

O Cruzeiro começou a partida pressionando o Democrata. Logo aos 2 minutos, Maicon subiu de cabeça após escanteio e exigiu uma boa defesa de Lucão. No entanto, a equipe celeste passou a ter muitas dificuldades para fazer a bola chegar no ataque, enquanto o Democrata passou a incomodar nos contra-ataques.

O jogo ficou movimentado, mas sem chances claras. Nos minutos finais, o Cruzeiro passou a arriscar mais de fora da área. Aos 39 teve chance com Adriano. A Pantera respondeu aos 44, em cobrança de falta de Matheus Bidick que passou perto. O Cruzeiro seguiu rondando a área do Democrata, mas o placar não saiu do 0 a 0.

Segundo tempo

Com as mudanças do auxiliar Martin Varani — o técnico Paulo Pezzolano está afastado por ter testado positivo para covid-19 —, o Cruzeiro começou a segunda etapa de maneira parecida coma primeira: tentando atacar o Democrata. No entanto, o jogo voltou a ficar difícil e, até os 35 minutos, nenhuma das equipes conseguiu uma chance clara. Aos 37, Bidu finalizou de dentro da área e Lucão fez a defesa.

O Cruzeiro partiu para o abafa na reta final, mas não foi o suficiente para tirar o marcador do zero. Edu foi o salvador da pátria. Ele recebeu o cruzamento de Brock, que veio da esquerda, e cabeceou para o gol. A bola bateu na trave e no goleiro Lucão antes de morrer no fundo da rede.

O jogo do Cruzeiro: faltou criatividade

O Cruzeiro mudou a escalação a posição de alguns jogadores em relação aos últimos jogos. Waguininho atuou aberto pelo lado direito, sendo que o meia-atacante se destaca mais pela esquerda. Rafael Santos e Matheus Bidiu, dois laterais esquerdos de ofício, foram escalados entre os 11.

A ideia era fazer a "dobra" por aquele lado, com Bidu aberto. No entanto, não funcionou bem. O setor de criação deixou a desejar e o Democrata conseguiu encontrar espaços nas costas da defesa. A vitória da Raposa veio na base do abafa, mas com pouca inspiração.

O jogo do Democrata: preocupação com a defesa

O Democrata entrou em campo com três zagueiros e dificultou muito a vida dos atacantes do Cruzeiro. Os jogadores da Pantera povoaram muito a entrada da grande área, evitando as finalizações celestes. Quando tinha a bola, saía rápido e conseguiu aproveitar a lentidão do Cruzeiro na recomposição. Matheus Bidick foi a principal arma de ataque da Pantera, mas não voltou para a segunda etapa.

Quem foi mal: Rafael Santos

O lateral-esquerdo não repetiu as boas atuações dos jogos anteriores, quando colaborou com duas assistências diante da URT e do Athletic. Rafael Santos teve dificuldades na primeira etapa, errou alguns passes e domínios, gerando espaços perigosos para o Democrata pelo lado direito de ataque da Pantera. Rafael não voltou do intervalo e deu lugar a João Paulo.

De olho na base

Ciente de que a escalação inicial não deu muito certo, o auxiliar Martin Varani promoveu a entrada de Daniel no intervalo de jogo. O atleta, de 19 anos, havia feito sua estreia no jogo contra a Caldense, na rodada anterior. Logo que entrou, Daniel passou a dar mais velocidade ao ataque. O meia-atacante é uma das esperanças da base celeste no time principal do Cruzeiro.

FICHA TÉCNICA:

CRUZEIRO 1 x 0 DEMOCRATA-GV
Local: Estádio Mineirão, em Belo Horizonte (MG).
Data: 9 de fevereiro de 2022 (quarta-feira)
Hora: 19h30 (de Brasília)
Árbitro: Wanderson Alves de Souza
Assistentes: Guilherme Dias Camilo e Samuel Henrique Soares Silva
VAR: não tem
Cartões amarelos: Oliveira, Fillipe Machado (Cruzeiro). Paulo Schardong (Democrata)
Cartão vermelho: Wesley
Gol: Edu (Cruzeiro), aos 53 minutos do segundo tempo

CRUZEIRO: Rafael Cabral; Rômulo, Maicon, Lucas Oliveira (Eduardo Brock) e Rafael Santos (João Paulo); Adriano (Daniel), Filipe Machado, Pedro Castro (Thiago); Matheus Bidu, Waguininho e Edu. Técnico: Martin Varini (auxiliar)

DEMOCRATA: Lucão; Gabriel Marques, Matheus Carioca, Gabriel Ferreira, Pivô (Julio Lima) e Wesley; Gabriel Galhardo (Vini Locatelli), Thomás, Fillipe Carvalho; Chico (Rafael Caldeira) e Matheus Bidick. Técnico: Paulo Schardorg