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Carille ajusta titulares do Santos, mas só 4 jogam em toda a arrancada

Felipe Jonatan atuou em todos os últimos cinco jogos do Santos no Brasileiro - Ivan Storti/Santos FC
Felipe Jonatan atuou em todos os últimos cinco jogos do Santos no Brasileiro Imagem: Ivan Storti/Santos FC

Do UOL, em São Paulo

16/11/2021 04h00

O técnico Fábio Carille demorou para encontrar a escalação ideal do Santos no Campeonato Brasileiro. Foram oito jogos de constantes mudanças até que uma base se consolidou e conseguiu uma importante arrancada para tentar livrar o Peixe de um inédito rebaixamento. Mesmo assim, apenas quatro atletas fizeram parte dos últimos cinco jogos que alavancaram o Alvinegro na tabela de classificação.

O goleiro João Paulo, os "curingas" Felipe Jonatan e Marcos Guilherme e o zagueiro Danilo Boza foram os únicos que participaram da sequência positiva, em que o Santos ganhou 10 dos 15 pontos disputados. A série começou com uma vitória sobre o Fluminense por 2 a 0 e outra diante do Athletico-PR por 1 a 0. Após perder do Palmeiras na Vila Belmiro, o Peixe se recuperou com um 2 a 0 no Red Bull Bragantino e um empate sem gols, fora de casa, com o Atlético-GO.

A definição de uma formação titular foi idealizada aos poucos por Carille. Logo em sua terceira partida, ele entendeu que o Santos precisava atuar com um tripé de zagueiros em razão do alto número de baixas no meio-campo. Como também precisava de gols, abriu mão de um dos beques para encarar o América-MG na Vila Belmiro e não foi bem: derrota por 2 a 0.

Emiliano Velázquez foi o pilar da defesa alvinegra no começo da "Era Carille", sendo ladeado por Robson Reis e Danilo Boza. A lesão do xerife uruguaio e a recuperação de Luiz Felipe e Kaiky de lesões provocaram mudanças no setor. Apenas Danilo Boza foi preservado entre os titulares e atuou em todos os últimos cinco jogos sem nem sequer ser substituído.

Nas alas, os nomes preferidos de Carille são Madson e Lucas Braga. O primeiro não pôde enfrentar o Bragantino por causa de suspensão, e o segundo desfalcou o time diante do Atlético-GO por causa de dores musculares. Marcos Guilherme acabou improvisado no lado direito da defesa, enquanto Moraes foi o escolhido para a esquerda.

O meio-campo foi o setor que mostrou desempenho mais surpreendente. Afinal, ele começou a render mais depois que Camacho, um titular absoluto desde os tempos de Fernando Diniz, se machucou. Vinícius Zanocelo, que tentava atuar entre a proteção da defesa e a ligação com o ataque, foi recuado e virou um dos principais jogadores. Ficou fora apenas do duelo contra o Athletico-PR por suspensão, mas foi bem substituído por Vinícius Balieiro.

No complemento do setor, aparecem mais duas surpresas que atuaram nas cinco partidas da arrancada. Felipe Jonatan, um lateral esquerdo de origem, passou a atuar na proteção à defesa pelo lado esquerdo do meio-campo. E deu certo por ainda contar com bom passe e poder de finalização. Marcos Guilherme, um jogador acostumado a atuar pelos lados do ataque, virou um armador. O esquema funcionou, já que ele é um dos responsáveis por dar grande intensidade na marcação da saída de bola adversária.

Para completar, o ataque também sofreu várias mudanças. Marinho é titular absoluto, mas ficou fora dos jogos contra o Athletico-PR por suspensão diante do Atlético-GO por causa de uma virose. Nas outras três partidas, foi guerreiro e ainda quebrou um longo jejum de gols ao abrir o placar no triunfo de 2 a 0 sobre o Bragantino. Ao seu lado, Tardelli é o parceiro predileto, mas o veterano de 36 anos de idade também não enfrentou o Atlético-GO para ser poupado.

Para o jogo contra a Chapecoense, amanhã (17), às 19h (de Brasília), na Vila Belmiro o Santos ainda não voltará a utilizar a formação considerada ideal. Isso porque o zagueiro Kaiky está suspenso por acúmulo de cartões amarelos e deve ser substituído por Robson Reis. Em compensação, Marinho e Tardelli voltam ao time. Por enquanto, a única dúvida está na ala esquerda. Caso Lucas Braga não se recupere a tempo, Moraes continua no setor.

Com 39 pontos, o Santos começa a 33ª rodada em 12º lugar. O Peixe vive um momento decisivo, com dois dos próximos três jogos em casa, para tentar escapar de vez de um inédito rebaixamento. Depois de encarar a Chapecoense, o time de Fábio Carille pega o Corinthians, no domingo (21), na Neo Química Arena, e o Fortaleza no dia 24, na Vila Belmiro.